quinta-feira, 9 de maio de 2024

BICO CALADO

 
  • "O rapper norte-americano Macklemore lançou um single intitulado "Hind's Hall", o nome dado ao Hamilton Hall da Universidade de Columbia por manifestantes anti-genocídio em honra de Hind Rajab, de seis anos, assassinada em Gaza pelas forças israelitas. O artista diz que todas as receitas da faixa serão revertidas para a UNRWA. A canção e o vídeo que a acompanha são uma acusação tão contundente à destruição de Gaza apoiada pelos EUA que o YouTube, propriedade da Google, impôs imediatamente a restrição de idade. Macklemore ataca Biden, a brutal repressão policial contra os manifestantes, a confusão entre anti-sionismo e antissemitismo, os políticos norte-americanos e o lóbi de Israel, com versos que nos vão perseguir durante dias, como ‘A Nakba nunca acabou, o colonizador mentiu’. Este é o primeiro artista do sistema a abordar esta questão, com uma faixa destinada a uma circulação alargada. Provavelmente não será a última. A oposição ao genocídio de Gaza está a passar rapidamente de coisa certa a coisa fixe, o que é um grande problema para o império.” CAITLIN JOHNSTONE, Oposição à máquina de guerra é novamente fixe, e o império está a ficar nervoso. Substack.
  • "(...) A nova vontade de se celebrar o 25 de Novembro emerge daqui. A nova extrema-direita plasmada no anti-comunismo da IL e no neofacismo do Chega, normalizado pelos media como ‘liberais’ ou ‘direita radical’/’extrema-direita’ apresentam-se às regras do jogo. Querem celebrar o 25 de Novembro pelo que foi, isto é, um golpe de Estado contra a democracia no trabalho, contra a dualidade do poder popular, enfim, o início do fim da revolução. O princípio da reconstrução do aparelho de Estado capitalista para uma nova reconversão produtiva e política: de uma burguesia dependente do trabalho forçado – e das colónias africanas, até 1974 - para uma burguesia de hegemonia limitada ou um protetorado de facto, dos investimentos, máquinas e capitais alemães, franceses e ingleses (e norteamericanos, espanhóis, chineses, ou outros). (…)” Raquel Varela, 25 de Novembro: uma ‘contrarrevolução democrática’.
  • A entrada num concerto no Nordeste, S. Miguel-Açores, é grátis para os locais. Fonte. Os de fora do concelho pagam 15 euros por 3 dias de festival. E, mantendo esta ‘lógica’ mercantil: quanto poderiam pagar os de fora de S. Miguel? E os de fora dos Açores? E os de fora de Portugal? E os de fora da Europa?

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