sábado, 27 de abril de 2024

BICO CALADO

  • Nos EUA, milhares de estudantes estão a ser expulsos das suas faculdades e dos seus aposentos por protestarem publicamente contra o genocídio de Israel na Palestina e defenderem a Paz. “Nenhum presidente de universidade denunciou a destruição por Israel de todas as universidades de Gaza. Nenhum presidente de universidade apelou a um cessar-fogo imediato e incondicional. Nenhum presidente de universidade usou as palavras ‘apartheid’ ou ‘genocídio’. Nenhum presidente de universidade apelou a sanções e ao desinvestimento em Israel. Em vez disso, os responsáveis por estas instituições académicas rastejam de cabeça baixa perante os doadores ricos, as empresas - incluindo os fabricantes de armas - e os políticos de direita raivosos. Reformulam o debate em torno dos danos causados aos judeus, em vez de o fazerem em relação ao massacre diário de palestinianos, incluindo milhares de crianças. Permitiram que os agressores - o Estado sionista e os seus apoiantes - se apresentem como vítimas. Esta falsa narrativa, que se centra no antissemitismo, permite que os centros de poder, incluindo os meidia, bloqueiem a verdadeira questão - o genocídio.” Chris Hedges, ScheerPost.
  • “Ao sexto dia consecutivo de escavações no Sul de Gaza, a Defesa Civil Palestiniana diz ter encontrado 392 cadáveres em valas comuns, incluindo mulheres e crianças. De acordo com o grupo que presta serviços humanitários no enclave palestiniano há sinais de tortura e execuções cometidas pelo Exército de Israel e foi feito um apelo para que seja aberta uma investigação a crimes de guerra nos hospitais de Gaza. Pelo menos dez dos corpos encontrados nas valas comuns no Sul de Gaza tinham as mãos atadas e outros ainda tinham tubos médicos ligados a eles, o que indica que podem ter sido enterrados vivos, disse, ontem, Mohammed al-Mughier, membro da Defesa Civil palestiniana, numa conferência de imprensa. Ainda segundo Al-Mughier, alguns dos corpos encontrados nas valas comuns no Hospital Nasser pertencem também a crianças.” Ivo Neto, Público 26abr2024.

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