BICO CALADO
- Nord Stream e
o recuo da economia da Alemanha. A sabotagem do oleoduto por Biden levou à
ascensão da direita alemã? SEYMOUR HERSH.
- Moedas
desobedece à lei e não notifica licenças dos alojamentos ilegais alegando ter
apenas 3 funcionários para o efeito. Esquerda.
- “Durante a guerra, uma onda de histeria
antialemã virulenta e violenta varreu muitas comunidades, surpreendendo os
germano-americanos que, no início do século XX, gozavam da reputação de ser um
dos grupos de imigrantes mais assimiláveis e respeitáveis. Suspeitos de serem
potenciais ‘inimigos internos’ dos Estados Unidos, cuja herança alemã
alegadamente os tornava leais à Alemanha, os alemães nascidos no estrangeiro
foram brutalmente atacados e humilhados. O Comité de Informação Pública, a
agência americana encarregada de promover o apoio à guerra, popularizou imagens
dos alemães como ‘hunos’, uma referência à tribo bárbara que devastou a Europa
no século V. Tal como estas ‘bestas’, os alemães atuais eram retratados como
impiedosos e violentos. Os jornais de língua alemã foram encerrados e o ensino
da língua alemã foi atacado. O Estado do Louisiana tornou ilegal o ensino do
alemão em todos os níveis de ensino. Listas de germano-americanos ‘desleais’
foram publicadas em jornais e livros ‘pró-alemães’ foram queimados
publicamente. (...) No Dakota do
Sul, as sufragistas aproveitaram a xenofobia profundamente enraizada para
apresentar os imigrantes alemães - mesmo aqueles que eram americanos
naturalizados - como ignorantes, sem lei e não merecedores do voto, a fim de
fazer aprovar uma emenda ao sufrágio feminino na constituição do estado em
1918. Nesse mesmo ano, o agricultor germano-americano John Meints foi coberto
de alcatrão e penas por um grupo de homens em Luverne, Minnesota, e Robert
Prager, nascido na Alemanha, foi linchado em Collinsville, Illinois. A febre
antialemã estendeu-se mesmo à mudança de nome de certos alimentos. O chucrute,
por exemplo, ficou a ser chamado ‘repolho da liberdade’. Os germano-americanos
foram pressionados a assimilar e americanizar os seus nomes. Erika Lee, America for Americans – a history of
xenophobia in the United States. Basic Books/Hachette 2021, pp 135-136.
Sem comentários:
Enviar um comentário