sábado, 23 de dezembro de 2023

BICO CALADO

  • Nord Stream e o recuo da economia da Alemanha. A sabotagem do oleoduto por Biden levou à ascensão da direita alemã? SEYMOUR HERSH.
  • Moedas desobedece à lei e não notifica licenças dos alojamentos ilegais alegando ter apenas 3 funcionários para o efeito. Esquerda.

  • “Durante a guerra, uma onda de histeria antialemã virulenta e violenta varreu muitas comunidades, surpreendendo os germano-americanos que, no início do século XX, gozavam da reputação de ser um dos grupos de imigrantes mais assimiláveis e respeitáveis. Suspeitos de serem potenciais ‘inimigos internos’ dos Estados Unidos, cuja herança alemã alegadamente os tornava leais à Alemanha, os alemães nascidos no estrangeiro foram brutalmente atacados e humilhados. O Comité de Informação Pública, a agência americana encarregada de promover o apoio à guerra, popularizou imagens dos alemães como ‘hunos’, uma referência à tribo bárbara que devastou a Europa no século V. Tal como estas ‘bestas’, os alemães atuais eram retratados como impiedosos e violentos. Os jornais de língua alemã foram encerrados e o ensino da língua alemã foi atacado. O Estado do Louisiana tornou ilegal o ensino do alemão em todos os níveis de ensino. Listas de germano-americanos ‘desleais’ foram publicadas em jornais e livros ‘pró-alemães’ foram queimados publicamente. (...) No Dakota do Sul, as sufragistas aproveitaram a xenofobia profundamente enraizada para apresentar os imigrantes alemães - mesmo aqueles que eram americanos naturalizados - como ignorantes, sem lei e não merecedores do voto, a fim de fazer aprovar uma emenda ao sufrágio feminino na constituição do estado em 1918. Nesse mesmo ano, o agricultor germano-americano John Meints foi coberto de alcatrão e penas por um grupo de homens em Luverne, Minnesota, e Robert Prager, nascido na Alemanha, foi linchado em Collinsville, Illinois. A febre antialemã estendeu-se mesmo à mudança de nome de certos alimentos. O chucrute, por exemplo, ficou a ser chamado ‘repolho da liberdade’. Os germano-americanos foram pressionados a assimilar e americanizar os seus nomes. Erika Lee, America for Americans – a history of xenophobia in the United States. Basic Books/Hachette 2021, pp 135-136.

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