quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Bico calado

  • O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou maioritariamente o envio de uma “missão de segurança” estrangeira ao Haiti. Redigida pelos EUA e pelo Equador, a resolução autoriza a chamada missão de Apoio à Segurança Multinacional no sentido de “tomar todas as medidas necessárias”. A intervenção terá como objetivo ajudar a polícia do Haiti a suprimir bandos armados que causam violência mortal e invadiram a capital. O secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu “robusta assistência financeira e logística” dos EUA para uma intervenção militar. Porta-vozes dos EUA dizem que estão a ser solicitados 100 milhões de dólares ao Congresso e ao Pentágono para apoiar a missão. Reunidos em Nairobi em 25 de Setembro, o secretário da Defesa dos EUA e o seu homólogo queniano concordaram que o Quénia fornecerá 1000 “oficiais de segurança” e “liderará uma missão multinacional de manutenção da paz no Haiti”. Segundo a ONU, 12 países comprometeram-se a fazer parte da missão. WT Whitney Jr., People’s World. Entretanto, sabe-se que um grupo especial de boinas verdes norte-americanos está há cerca de 2 meses no terreno a preparar a 'entrada' da missão.
  • Famílias Mello e Champalimaud financiaram o Chega em 2021. CEO da EDP financiou Iniciativa Liberal e PS angariou na Mota-Engil e donos do Pestana e Sana. Alexandre R. Malhado, Sábado.

  • "Durante uma visita à Jamaica, em 2015, David Cameron ignorou as discussões sobre a escravatura, comentando com naturalidade que queria "ultrapassar este doloroso legado". Os laços diplomáticos foram gravemente afetados durante essa viagem, quando Cameron ofereceu uma prenda inesperada da Grã-Bretanha à Jamaica: 25 milhões de libras para a construção de uma prisão que lhe permitisse deportar alguns dos seiscentos prisioneiros jamaicanos detidos em prisões britânicas. Este gesto foi visto como muito estranho e descabido por parte do governo britânico, especialmente numa altura em que os políticos jamaicanos queriam falar sobre a razão pela qual a Grã-Bretanha não estava disposta a considerar o pagamento de indemnizações pelo seu papel no comércio de escravos, em vez de falarem sobre a forma como poderiam ajudar a Grã-Bretanha a livrar-se de centenas de criminosos indesejados, cuja manutenção era dispendiosa. A proposta de oferecer uma prisão à Jamaica foi rejeitada". Amelia Gentleman, The Windrush betrayal – Guardian Faber 2019, p 267. Trad. OLima.

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