Bico calado
- O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou maioritariamente
o envio de uma “missão de segurança” estrangeira ao Haiti. Redigida pelos EUA e
pelo Equador, a resolução autoriza a chamada missão de Apoio à Segurança
Multinacional no sentido de “tomar todas as medidas necessárias”. A intervenção
terá como objetivo ajudar a polícia do Haiti a suprimir bandos armados que
causam violência mortal e invadiram a capital. O secretário de Estado, Antony
Blinken, prometeu “robusta assistência financeira e logística” dos EUA para uma
intervenção militar. Porta-vozes dos EUA dizem que estão a ser solicitados 100
milhões de dólares ao Congresso e ao Pentágono para apoiar a missão. Reunidos
em Nairobi em 25 de Setembro, o secretário da Defesa dos EUA e o seu homólogo
queniano concordaram que o Quénia fornecerá 1000 “oficiais de segurança” e
“liderará uma missão multinacional de manutenção da paz no Haiti”. Segundo a
ONU, 12 países comprometeram-se a fazer parte da missão. WT Whitney Jr., People’s World. Entretanto, sabe-se que um grupo especial de boinas verdes norte-americanos está há cerca de 2 meses no terreno a preparar a 'entrada' da missão.
- Famílias Mello
e Champalimaud financiaram o Chega em 2021. CEO da EDP financiou Iniciativa
Liberal e PS angariou na Mota-Engil e donos do Pestana e Sana. Alexandre R. Malhado, Sábado.
- "Durante uma
visita à Jamaica, em 2015, David Cameron ignorou as discussões sobre a
escravatura, comentando com naturalidade que queria "ultrapassar este
doloroso legado". Os laços diplomáticos foram gravemente afetados durante
essa viagem, quando Cameron ofereceu uma prenda inesperada da Grã-Bretanha à
Jamaica: 25 milhões de libras para a construção de uma prisão que lhe
permitisse deportar alguns dos seiscentos prisioneiros jamaicanos detidos em
prisões britânicas. Este gesto foi visto como muito estranho e descabido por
parte do governo britânico, especialmente numa altura em que os políticos
jamaicanos queriam falar sobre a razão pela qual a Grã-Bretanha não estava
disposta a considerar o pagamento de indemnizações pelo seu papel no comércio
de escravos, em vez de falarem sobre a forma como poderiam ajudar a
Grã-Bretanha a livrar-se de centenas de criminosos indesejados, cuja manutenção
era dispendiosa. A proposta de oferecer uma prisão à Jamaica foi
rejeitada". Amelia Gentleman, The Windrush betrayal – Guardian Faber
2019, p 267. Trad. OLima.
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