- “(...) São 100 mil os adultos portugueses que têm problemas de jogo com as raspadinhas. Destes, 30 mil apresentam perturbação de jogo patológico. São os mais pobres - aqueles que auferem rendimentos mensais entre os 400 euros e 664 euros - que jogam mais. E também os mais velhos. Frequentemente têm mais de 66 anos. (...) o que o estudo “Quem paga a Raspadinha?” (...) é também um bom retrato do país. Não somos só fado, nem bacalhau, nem caldo-verde, nem Cristiano Ronaldo. Também somos raspadinhas, mesmo que não fique bem na fotografia. (...) Em 2021, os portugueses gastaram 4,1 milhões de euros por dia em raspadinhas. É um retrato de um país pobre e desesperado. Adornado com migalhas para adiar o pagamento da casa, como as que o Governo atirou ontem aos portugueses que têm crédito à habitação. Portugal é um país de trabalhadores. É o sexto na Europa onde a semana de trabalho é mais longa. E de sonhos eternos, nem que seja a raspar.” Manuel Molinos, Também somos raspadinhas. E pobres – JN.
- Roger Schmidt após a derrota contra o Salzburgo: "O árbitro não esteve do nosso lado". O Jogo.
- Enzo Sternal, um futebolista franco-argelino, foi afastado da seleção francesa de sub-16 depois de ter festejado um golo mostrando o slogan "Alá é grande" por baixo da sua camisola de futebol. MPN. Claro. Só ‘os outros’ é que podem benzer-se três vezes seguidas ao entrar em campo.
- “Não deixa de ser impressionante a forma como o secretário geral da ONU, António Guterres, fez um discurso, há dias, em que apelidou a OME da Rússia de ‘violação à Carta da ONU’ que ‘desencadeou uma sucessão de horrores’. Quando era primeiro-ministro, Guterres apoiou a intervenção da NATO na Jugoslávia e defendeu o mais que pôde a independência do Kosovo, chegando a afirmar, por exemplo, nas declarações citadas pelo The Guardian, que "é preciso aproveitar a oportunidade de definir o futuro do Kosovo". Além de justificar a participação de Portugal na operação da NATO na Jugoslávia, ainda justificou a intervenção da NATO com "a catástrofe humanitária que está a ser causada pelo regime ditatorial de Milošević". Depois, Guterres disse ser contra uma intervenção terrestre que possa ser considerada como "invasão", mas quando o questionaram sobre o que podia não ser "invasão", emudeceu. Guterres citou Lionel Jospin para justificar a intervenção e isolar, desta forma, Manuel Alegre, contra a operação da NATO. [entrevista transmitida pela CNN Portugal em 20 de julho de 2023]. Alexandre Guerreiro.
- Musk ordenou secretamente que os engenheiros da SpaceX desligassem a rede de comunicações por satélite Starlink perto da costa da Crimeia em 7 de setembro de 2022, para interromper um ataque militar ucraniano que estava a ser ali preparado. Se a Rússia fosse atingida, Musk receava uma retaliação contra os satélites Starlink, o que teria interrompido o serviço para outros utentes em todo o mundo. MPN.
- O Pentágono admitiu que o balão chinês que cruzou o território dos EUA em fevereiro não estava a espionar e que teria sido desviado do curso pelo vento. Mas Washington e os media dominantes aproveitaram este escândalo fabricado para uma nova onda de Guerra Fria. Ben Norton.
- Ekwaldo Romeo, que saiu de Antígua para Londres quando tinha quatro anos e que, cinquenta e nove anos mais tarde, recebeu uma carta do Ministério do Interior a dizer-lhe que estava no Reino Unido ilegalmente e a oferecer-lhe 'ajuda e apoio para regressar voluntariamente a casa', afirmou que o escândalo se deve a camadas de racismo. 'Fico zangado quando penso no que os meus antepassados passaram. Antígua era uma colónia de reprodução de escravos. . Quando a escravatura foi abolida, ninguém cuidou dos escravos; eles não tinham terra própria; ficaram desamparados nas Caraíbas. Não podiam voltar para África, porque já não eram africanos. Eram súbditos britânicos. É aí que reside a minha raiva. Eu nasci britânico. Depois recebo uma carta a dizer: já não és britânico. Então o que é que eu sou? Como é que se pode perder algo que nos foi dado?" Amelia Gentleman, The Windrush betrayal – Guardian Faber 2019, p 239. Trad. OLima.
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