segunda-feira, 28 de agosto de 2023

FMI: combustíveis fósseis beneficiaram de subsídios de 13 milhões de dólares por minuto em 2022


  • Os combustíveis fósseis beneficiaram de subsídios recorde de 13 milhões de dólares por minuto em 2022, garante o Fundo Monetário Internacional. A análise do FMI concluiu que os subsídios totais ao petróleo, gás e carvão em 2022 foram de 7 biliões de dólares, o que equivale a 7% do PIB global e quase o dobro do que o mundo gasta em educação. Os países comprometeram-se a eliminar gradualmente os subsídios durante anos para garantir que o preço dos combustíveis fósseis reflita os seus verdadeiros custos ambientais, mas pouco conseguiram até à data. Damian Carrington, The Guardian.
  • Dois terços dos diretores do fundo de dotação multimilionário do Partido Conservador britânico têm interesses em empresas de combustíveis fósseis ou em indústrias poluentes, revela a DeSmog.

  • Enquanto a central nuclear de Hinkley Point C está a ser construída no Sudoeste de Inglaterra pela Électricité de France (EDF), centenas de milhares de peixes que vivem no estuário do Severn, incluindo o salmão do Atlântico protegido, estão sob ameaça das turbinas de arrefecimento da central. A Agência Ambiental do Reino Unido decidiu que este massacre em massa é perfeitamente aceitável. Fonte.
  • Cerca de 60% dos eleitores equatorianos votaram a favor do fim da exploração de um bloco petrolífero no Parque Nacional Yasuní, localizado na Amazônia equatoriana. A área conhecida como bloco 43 é a quarta maior produtora de petróleo do país e começou a ser explorada em 2016 no meio de uma disputa judicial. A tentativa de proteger o parque contra a extração de combustíveis fósseis tem mais de 20 anos e o processo judicial foi iniciado em 2013. Agora, a estatal Petroecuador terá um ano para sair do bloco. Entretanto, o Coletivo Yasunidos apresentou um plano de retirada organizada e progressiva da infraestrutura petroleira, que inclui reparação integral à natureza e aos povos indígenas com participação dos proponentes do plebiscito, comunidades indígenas e estado. LEILA SALIM e PRISCILA PACHECO, Observatório do Clima.
  • O Japão começou a descarregar mais de 1 milhão de toneladas de água contaminada no Oceano Pacífico proveniente da central nuclear destruída de Fukushima Daiichi, numa medida que levou a China a anunciar uma proibição imediata e geral de todas as importações de marisco do Japão e provocou indignação nas comunidades piscatórias próximas. O sentimento anti-japonês também se manifesta na Coreia do Sul, que deixou de capturar peixes na zona da central agora abandonada. Várias pessoas foram presas após tentativa de invadir a embaixada japonesa em Seul, enquanto centenas de pessoas invadiam as ruas da capital em protesto. Fontes: The Guardian e Fish Farmer.
  • GONÇALO ELIAS, ORNITÓLOGO E AUTOR: ‘Para as aves, as alterações climáticas são um problema, mas não o único, e nem sempre o mais importante’ por Maria Afonso Peixoto. Página Um.

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