Bico calado
- Venezuela ganha julgamento em Portugal e Novo Banco terá
de libertar 1,5 mil milhões de dólares congelados. A entidade financeira é
obrigada a entregar ao Estado venezuelano "o pagamento do saldo final na
data do cancelamento dos contratos e juros de mora". O dinheiro estava retido
desde 2019, quando Portugal ignorou as autoridades venezuelanas em favor do
suposto governo interino de Juan Guaidó e, desde então, tem sido motivo de
atrito entre Caracas e Lisboa. O acórdão indica que “no início de 2019, o Novo
Banco recusou-se a executar várias ordens de transferência que lhe foram
transmitidas pelos demandantes – as referidas entidades públicas venezuelanas –
alegando a situação política na Venezuela e a aplicação de sanções
internacionais a entidades públicas venezuelanas” pelo governo dos EUA.
Recorde-se que a vice-presidente Delcy Rodríguez denunciou em 2021 que Portugal
impediu o Novo Banco de processar transferências do Estado venezuelano
destinadas à compra de vacinas anti-covid através da Organização Pan-Americana
da Saúde. "Eles gabam-se - a Europa culta e civilizada - de falar em crise
humanitária, que a crise humanitária na Venezuela deve ser enfrentada, mas
quando se trata realmente da Venezuela aceder ao seu património,ao seu dinheiro, para enfrentar a pandemia, a
resposta é 'não'", criticou a responsável. O acórdão indica que “no início
de 2019, o Novo Banco recusou-se a executar várias ordens de transferência que
lhe foram transmitidas pelos demandantes – as referidas entidades públicas
venezuelanas – alegando a situação política na Venezuela e a aplicação de
sanções internacionais a entidades públicas venezuelanas” por o governo dos
EUA. El País.
- O turismo desempenhou um papel importante na bolha
imobiliária. Entre 2012 e 2022, o preço das casas aumentou 120%, mas o
rendimento médio das famílias subiu apenas 27%. Portugal tornou-se numa
economia de férias enquanto boa parte das pessoas que vivem no país se vê forçada
a abdicar ou a gastar menos nas suas próprias férias. Vicente Ferreira, A
economia de férias – Setenta & Quatro.
- «Numa das suas histórias, recordou o primeiro dia em que
lecionou. “Vinha da vida militar. Tinha uma aparência condizente com isso -
aliás, pesava, na altura, mais 20 quilos do que agora. Tinha uma presença
forte, de ranger. Na minha primeira aula, apresentei-me. Disse aos alunos que
era a pessoa mais chateada na sala, por estar dentro daquelas quatro paredes.
Mas que era o nosso dever estarmos naquele sítio. Pedi-lhes respeito, e
ofereci-lhes o meu de volta. Mas também disse: ‘o primeiro que me faltar ao
respeito, leva logo com uma cadeira pela cabeça abaixo’. Mantive a postura
séria ao dizer isto, e funcionou. (...) Fui um dos propulsores da Biblioteca
Municipal, por exemplo, e o meu nome parece nunca ser referido nessas
conversas.’” (...) Foi ainda o autor da localização do Castro de Ovil em
Paramos. “Também aqui, o meu nome nunca aparece referido, o que me espanta!”
(...). Considera-se ‘isolado’ e, por isso, não tem muitos amigos íntimos. Ainda
assim, admite que as pessoas que lhe são mais próximas ‘são todas de esquerda’, como
Teixeira Lopes, ou António Andrade.» Francisco Azevedo Brandão, em entrevista
não assinada ao Maré Viva de 9 de agosto de 2023.
- Documento secreto supostamente mostra que os EUA pressionaram
o governo paquistanês a derrubar Imran Khan. O Intercept reportou que o documento entretanto divulgado mostra que os EUA
prometeram "relações mais calorosas se Khan fosse removido e isolamento se
não fosse". JAKE JOHNSON, Common Dreams. Recorde-se que, já em 18 de abril de 2022, Alan MaCleod publicara
um artigo de investigação sobre o derrube de Imran Khan, aqui traduzido sumariamente. Entre outros aspetos, MaCleod sublinhava os seguintes: Khan
assinara grandes acordos de comércio/infraestrutura com a China, manifestara o
seu apoio à Palestina, recusara condenar Putin e a Rússia, tentara mediar a paz
entre a Arábia Saudita e o Irão, condenara as sanções da ONU e expressara o seu
apoio a Julian Assange.
- Muitos ucranianos querem que a Rússia invada a Ucrânia. SIMON
SHUSTER, Time 1 março 2014.
- Número de pessoas à espera de tratamento hospitalar na
Inglaterra bate novo recorde de 7,6 milhões. Andrew Sparrow, The Guardian.
- Terá Zelensky caído em desgraça na NATO? Foicebook.
- A bagunça da Ucrânia é o Triunfo dos Porcos ao contrário:
a estrela Blackrock e outros porcos. Phil Butler, The Intel Drop.
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