Bico calado
- A Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu
apelou à UE para que ajude o Tribunal Penal Internacional (TPI) a processar
Israel pelos seus crimes de guerra, numa resolução sobre as relações
UE-Palestina. A resolução - aprovada com 41 votos a favor, 24 contra e nove
abstenções - afirma que a comissão "lamenta os progressos limitados nas
infestações do TPI por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos
nos territórios palestinianos ocupados e compromete-se a ajudar o TPI e o seu
procurador a avançar com a investigação e a acusação". Os eurodeputados
acrescentaram que os colonatos ilegais constituem um grande obstáculo à
viabilidade da solução de dois Estados, incluindo a paz e a segurança duradouras.
A comissão parlamentar apelou a que "se considerem medidas específicas da
UE que abordem especificamente a expansão dos colonatos na Cisjordânia".
Além disso, a comissão manifestou preocupação com as "medidas
punitivas" israelitas, tais como a retenção de fundos da Autoridade
Palestiniana e a limitação da construção na Área C, em resposta à petição da AP
aos fóruns jurídicos internacionais. Palestine Chronicle.
- “(...) Estes
são os verdadeiros vencedores da guerra por procuração na Ucrânia. Não
são os ucranianos ou os americanos comuns. Ou russos ou mesmo europeus
ocidentais. Os vencedores são pessoas como o Secretário de Estado Tony Blinken,
que passou o seu tempo entre as administrações Obama e Biden a lançar uma
empresa de consultoria chamada WestExec advisors, que assegurava contratos
governamentais lucrativos para empresas de serviços secretos e para a indústria
de armamento. Os antigos sócios de Blinken na consultora WestExec incluem a
diretora dos serviços secretos nacionais, Avril Haines, o diretor-adjunto da
CIA, David Cohen, a antiga secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, e
cerca de uma dúzia de atuais e antigos membros da equipa de segurança nacional
de Biden. O Secretário da Defesa Lloyd Austin, por seu lado, é um
antigo e possivelmente futuro membro do conselho de administração da Raytheon e
ex-sócio da empresa de investimento Pine Island Capital, que colabora com a
WestExec e que Blinken aconselhou. Entretanto, a atual embaixadora dos EUA na
ONU, Linda Thomas Greenfield, consta da lista como conselheira sénior do
Albright Stonebridge Group, uma empresa que se auto-denomina "empresa de
diplomacia comercial" e que também financia contratos para o sector dos
serviços secretos e para a indústria de armamento. Esta empresa foi fundada
pela falecida Madeleine Albright, que declarou, de forma infame, que a morte de
meio milhão de crianças iraquianas sob o regime de sanções dos EUA "valeu
a pena". Assim, enquanto homens ucranianos de meia-idade são arrancados
das ruas pela polícia militar e enviados para as linhas da frente, os
arquitetos financeira e politicamente ligados a esta guerra por procuração
estão a planear passar pela porta giratória para colher lucros inimagináveis
quando terminar o seu tempo na administração Biden. Para eles, uma solução negociada para esta disputa
territorial significa o fim da vaca leiteira de cerca de 150 mil milhões de
dólares de ajuda americana à Ucrânia.(…)” Porque é que estamos a instigar a
aniquilação nuclear? discurso de Max Blumenthal no Conselho de Segurança da
ONU. The Grayzone.
- Em 3 de julho
de 1988, um navio de guerra da Marinha dos EUA abateu um avião iraniano,
matando todos os 290 civis a bordo. Ficheiros desclassificados mostram como o
governo de Margaret Thatcher ofereceu apoio imediato aos EUA e ajudou a
encobrir o sucedido. JOHN MCEVOY, Declassified UK.
- "Seis meses após a eleição de Whitlam, foi nomeado
um novo embaixador americano na Austrália. Em nítido contraste com os seus
antecessores, Marshall Green era o diplomata americano de carreira mais
graduado alguma vez enviado para a Austrália. Green era um estratega de alto
nível no planeamento de políticas para o Sudeste Asiático. Tinha também a
distinção de ter estado envolvido em quatro países onde tinha havido golpes de
Estado e era sobejamente conhecido como "o mestre dos golpes". Homem
cortês e culto, Green protestava que não era nada disso. No entanto, como
embaixador na Indonésia de 1965 a 1969, Green contribuiu para o papel decisivo
que os Estados Unidos desempenharam nos acontecimentos que levaram ao massacre
de 500.000 a um milhão de "comunistas" indonésios e ao derrube do
Presidente Sukarno. Pouco depois de ter chegado à Austrália para assumir o seu
cargo, Green foi questionado sobre este facto. Disse: "Em 1965, lembro-me
que a Indonésia estava no fio da navalha. Lembro-me de pessoas daqui a dizerem
que a Indonésia não se tornaria comunista. Mas quando Sukarno anunciou, no seu
discurso de 17 de agosto, que a Indonésia teria um governo comunista no prazo
de um ano, eu tive quase a certeza... o que quer que fizéssemos, tínhamos de o fazer'". John Pilger, A secret country (1989) – Vintage
1992, pp 246-247.
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