sexta-feira, 28 de julho de 2023

Bico calado

  • Em Portugal a indústria dos ovos continua a triturar, asfixiar ou eletrificar pintainhos machos nas primeiras horas de vida. O abate de pintainhos macho, uma prática da indústria dos ovos que mata milhares de milhões de animais em todo o mundo, vai ser discutida em Portugal. O PAN entregou um projecto-lei que prevê a proibição da prática. Público. Via Agroportal.
  • “(...) Um grande evento é sempre um ato de afirmação (de superioridade) contra os outros. (A humanidade vive em competição e não em cooperação). Se a estes objetivos se juntar o lucro, é oiro sobre azul. A Jornada Mundial da Juventude da Igreja Católica cumpre todos os requisitos dos grandes eventos. Este grande acontecimento foi criado pelo papa João Paulo II, um estratega, para competir no Ocidente com as igrejas evangélicas em expansão acelerada, principalmente nas Américas e também em África, e para competir com o islamismo no resto do mundo. (...)” Carlos Matos Gomes, A Jornada Mundial da Juventude — um grande evento - Medium.
  • "Bots alimentam sucesso repentino de Carlos Moedas no Instagram. As publicações do presidente da Câmara de Lisboa no Instagram saltaram subitamente das centenas de “likes” para as dezenas de milhares. Alguns dos seus vídeos na rede social têm mais “likes” do que visualizações. Câmara nega que sejam comprados e responsabiliza a Meta." Diogo Augusto, setenta e quatro.
  • "O tempo da ambiguidade acabou, a Direita decidiu. O PSD assumiu, por interposta Espanha, que planeia governar com os fascistas portugueses. Vale tudo, incluindo governar com racistas e nostálgicos das ditaduras ibéricas. A partir de agora, o que veremos serão truques para esconder o óbvio." José Gusmão, Excitam-se as comadres, descobrem-se as verdades - setenta e quarto.

  • "A tragédia de Timor Leste é ilustrativa do facto de a Austrália não só apoiar um importante regime cliente americano, mas também de ficar com a sua parte dos despojos. Não existe, evidentemente, nenhum "plano de paz" de Evans para Timor Leste, que se situa consideravelmente mais perto da Austrália do que o Camboja e que tem sido ilegalmente ocupado pela Indonésia desde 1975. Em dezembro desse ano, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou unanimemente "ao Governo da Indonésia para que retirasse sem demora todas as suas forças do território" e "a todos os Estados para que respeitassem a integridade territorial de Timor Leste, bem como o direito inalienável do seu povo à autodeterminação...". A semelhança entre a situação de Timor Leste e a do Kuwait sob o regime de Saddam Hussein é impressionante, mas nenhuma força internacional, liderada pelos Estados Unidos, foi em auxílio dos timorenses - apesar do facto de cerca de 200 000 pessoas, ou seja, cerca de um terço da população, terem morrido durante os anos de opressão e terror indonésios. Pelo contrário, o embaixador americano na ONU, Daniel Patrick Moynihan, descreveu a aplicação das orientações do Departamento de Estado para tornar a ONU 'totalmente ineficaz em quaisquer medidas que tomasse' em resposta à invasão da Indonésia, porque 'os Estados Unidos desejavam que as coisas se passassem como se passaram e trabalharam para que isso acontecesse'". John Pilger, A secret country (1989) – Vintage 1992, p 368.

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