sábado, 3 de junho de 2023

Bico calado

  • Sai Elad Dror, entra Pedro Ferreira como novo diretor-executivo da Fortera. A mudança acontece depois de Elad Dror ter renunciado ao cargo, devido à Operação Babel, na qual foi detido e saiu em liberdade após prestar caução de um milhão de euros. A investigação do Ministério Público (MP) no processo principal da Operação Babel acredita, segundo um despacho do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, que Elad Dror e o empresário do ramo imobiliário Paulo Malafaia, através do advogado João Lopes, entregaram mais de 120 mil euros ao então vice-presidente da Câmara de vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo (PS), para que este decidisse em favor dos seus interesses urbanísticos. A investigação do MP sustenta que Elad Dror, fundador do grupo Fortera, com capitais israelitas, e Paulo Malafaia, promotor imobiliário, "combinaram entre si desenvolverem projetos imobiliários na cidade de Vila Nova de Gaia, designadamente os denominados Skyline/Centro Cultural e de Congressos, Riverside e Hotel Azul", segundo o mesmo despacho. No processo principal da Operação Babel estão em causa crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de corrupção ativa e passiva, de prevaricação e de abuso de poder, praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político. Lusa/Jornal de Negócios.
  • Zeinal Bava condenado no Brasil a multa de mais de 30 milhões de euros e inibição de gestão por 10 anos. Fonte.
  • Roberto Calderoli, do partido de Salvini, foi condenado a sete meses de prisão por ter insultado num comício há dez anos a primeira ministra afrodescendente do país. CNN.
  • Protesto perturba a abertura da maior feira de armas da América do Norte em Ottawa. WBW.

  • "'A Austrália', disse o Ministro do Interior, Wilfred Kent Hughes, em 1950, 'tem de se tornar o 49º estado da América'. E esta foi efetivamente a relação da Austrália com os Estados Unidos durante a Guerra da Coreia. Quando, em 1950, os Estados Unidos criaram um "Comando das Nações Unidas" sem o voto favorável da União Soviética, como exigia o artigo 27º da Carta, Washington teve um aliado imediato e submisso no Governo Menzies. O ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Percy Spender, soube que a Grã-Bretanha tinha decidido enviar tropas terrestres para a Coreia. Ansioso por não ser derrotado no "jogo da lealdade dos Estados Unidos", Spender anunciou que as tropas australianas estavam praticamente a caminho; não achara necessário consultar Menzies. Menzies apresentou a Guerra da Coreia ao povo australiano não como a guerra civil revolucionária que era, mas como uma luta contra os "comunistas asiáticos" apoiados por Moscovo, que estavam a "varrer" uma "democracia corajosa" no sul. O historial de assassinatos e torturas do regime sul-coreano, que tinha sido documentado pelos próprios observadores australianos da ONU, não era um problema. Fazendo eco do Secretário de Estado dos EUA, John Foster Dulles, Menzies culpou a União Soviética pela manipulação dos acontecimentos na Coreia: A "conspiração comunista mundial" de Estaline estava por detrás da guerra. Atualmente, poucos acreditam nisto. Em Novembro de 1950, até o General MacArthur disse a James Plimsoll que não tinha encontrado "qualquer prova de uma ligação estreita entre a União Soviética e a agressão norte-coreana". John Pilger, A secret country (1989) – Vintage 1992, p 164.

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