- Os traficantes de mão-de-obra aproveitam-se da crise da habitação no Massachusetts. Os trabalhadores estão presos em empregos mal pagos por medo de serem despejados do alojamento fornecida pelo seu empregador. Phillip Martin e Jenifer B. McKim, GBH. Mais aqui: Trabalhar como um escravo: Porque é que o tráfico de seres humanos nos restaurantes é subnotificado. Jenifer B. McKim, WGBH.
Quanto pagão os cidadãos dos países da NATO pelas guerras
da NATO?
- Tom Stratton foi um dos 400 incumbidos, como ele próprio disse, de "encontrar uma população inteira". Tendo ajudado a selecionar o carregamento de "belos bálticos", serviu na Europa de Leste, na Grécia e na Grã-Bretanha. (...) Questionei Tom sobre os arrependimentos que tinha. ‘Em muitos aspetos, foi uma altura triste’, respondeu. ‘Os deslocados eram pessoas tristes. Os pobres diabos vinham ter connosco sem documentos, sem antecedentes. Eram médicos que não podiam provar que eram médicos. E essas pessoas não eram populares pelo simples facto de não saberem falar inglês. Digo-lhe que não me gabava de trabalhar para o Departamento de Imigração, porque até a minha sogra dizia: "O que é que vocês estão a fazer, a trazer esses imigras para aqui?’ Os ‘pobres diabos’ e os ‘imigras’ tinham de trabalhar no local para onde eram enviados durante um período máximo de dois anos. A Austrália queria sobretudo trabalhadores, os imigrantes com qualificações tinham de mentir e dizer que não as tinham. O antigo líder trabalhista de New South Wales, Jack Lang, chamou-lhe ‘trabalho escravo sob o pretexto de imigração’. Os recém-chegados eram obrigados a fazer ‘trabalhos sujos’ que os australianos não queriam fazer. 'Deslocados só têm trabalhos chatos’, dizia um título do Sydney Morning Herald e a história tinha um tom tranquilizador. A fonte anónima era Arthur Calwell. Não tenham medo, dizia, os médicos iam abrir estradas, os engenheiros iam limpar casas de banho públicas, os músicos iam recolher lixo e as enfermeiras iam trabalhar em linhas de montagem; e as suas qualificações não seriam reconhecidas. Iam trabalhar em horários pouco sociais e, se fosse necessário proceder a despedimentos, seriam eles os despedidos. E se se opusessem, os sindicatos não os protegeriam. De facto, os sindicatos tinham insistido nestas condições. Essa era a boa notícia». John Pilger, A secret country – Vintage 1989, pp 105-107.
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