Bico calado
- Todos os anos cerca de 30-60 soldados de elite da
Austrália participam no curso "Conduta após Captura". Destina-se a
treinar soldados para resistir a certas técnicas de exploração e interrogatório
que uma força inimiga possa utilizar, no cenário improvável de um soldado
australiano ser capturado. O curso é concebido para traumatizar. As técnicas de
tortura assemelham-se aos interrogatórios profundos utilizados pelos britânicos
contra membros do Exército Republicano Irlandês durante a crise irlansesa de 1971.
As técnicas incluem privação do sono, capuz, posições de stress,
sujeição ao ruído e privação de comida e água. Damien de
Pyle, Green Left.
- Sob Corbyn, 100.000 cidadãos aderiram ao Partido
Trabalhista, enchendo os seus cofres eleitorais. Starmer expulsou-os e olhou
para o financiamento das Grandes Empresas. E agora são elas que mais uma vez
controlam o Partido Trabalhista. Jonathan Cook, MEE.
- «Os jornalistas acabam por servir os interesses dos
proprietários dos media e dos anunciantes. Estas corporações são o poder oculto
que dirige as nossas sociedades. Para além de possuírem os media, financiam os
políticos e financiam os laboratórios de ideias que tão frequentemente ditam as
notícias e a agenda política. Os nossos governos consideram estas corporações,
especialmente as que dominam o setor financeiro, demasiado grandes para
falharem. Porque o poder nas nossas sociedades é o poder corporativo. Os
pilares que sustentam este sistema de poder secreto das elites que o disfarçam
e o protegem são os media e os serviços de segurança: a mente e o músculo. As
empresas de comunicação social estão lá para proteger o poder corporativo
usando manipulação psicológica e emocional, tal como os serviços de segurança
estão lá para o proteger usando vigilância invasiva e coerção física. A Wikileaks perturba esta relação íntima a partir de
ambos os extremos. Ameaça pôr fim ao papel dos media corporativos na mediação
de informação oficial, oferecendo em vez disso ao público acesso direto aos
segredos oficiais. E ao fazê-lo, atreve-se a expor a engrenagem dos serviços de
segurança à medida que estes vão infringindo a lei e abusando dela,
impondo-lhes assim um escrutínio e uma contenção indesejáveis. Ao ameaçar trazer responsabilidade democrática aos media
e aos serviços de segurança, e ao expor o seu conluio de longa data, a
Wikileaks abre uma janela sobre como as nossas democracias são realmente uma
farsa. O desejo comum dos serviços de segurança e dos media corporativos é fazer
desaparecer Assange, na esperança de que o seu modelo revolucionário de
jornalismo seja abandonado ou esquecido para sempre». Jonathan Cook, Why the western media is so afraid of Assange.
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