quarta-feira, 1 de março de 2023

Bico calado

  • Investors back UK-France subsea cable, says Ukrainian born tycoon (Investidores apoiam o cabo submarino Reino Unido-França, diz magnata ucraniano). A semântica escolhida denuncia o viés: o Financial Times não usa ‘oligarca’ quando fala de ucranianos ricos e poderosos. Chama-o ‘tycoon’, pessoa rica, isolada. Não há oligarcas no léxico do FT para falar de ucranianos ricos.
  • O Chefe Adjunto do Conselho da Cisjordânia, Davidi Ben Zion, apelou aos colonos judeus extremistas para arrasarem a aldeia de Huwara. Times of Israel.
  • Tem havido um aumento no número de israelitas que procuram obter passaportes estrangeiros para saírem do país, porque, dizem, Israel já não é uma opção viável. MEM.
  • «(...) No auge da pandemia de covid-19, o medo da doença e da morte gerou discursos de valorização de profissões essenciais na engrenagem da organização da nossa vida socioeconómica e sociocultural. Valorizaram-se muito as profissões médicas e de enfermagem, assistentes operacionais, os professores. Foi enaltecida a sua capacidade para criar e executar respostas qualitativas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da escola. Não faltou quem dissesse que mereciam muito melhores remunerações. Elogiou-se, com inteira razão, a capacidade criativa e a dedicação dos profissionais da cultura e das artes. Hoje, todos esses profissionais estão em luta contra a amnésia dos governantes. Eles, injustiçados mas não invisíveis, não se submetem ao esquecimento e, com as suas lutas, talvez tirem do estado de letargia parte da sociedade que "só se lembra de Deus quando troveja".» Carvalho da Silva, Invisibilidade ou amnésia?JN.

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