Bico calado

• Massacre de Batepá, São Tomé e Príncipe: 3 de fevereiro de 1953. Gerhard Seibert, Setenta e Quatro.

• As múltiplas vidas de Batepá: memórias de um massacre colonial em São Tomé e Príncipe, Inês Nascimento Rodrigues, Setenta e Quatro.

• «Na Câmara dos Lordes, Lord Strabolgi expressou os sentimentos que outros deputados Trabalhistas partilhavam: "Que tipo de Estado é este? É um Estado policial? É um Estado como aquele criado pela Alemanha nazi, ou um Estado que está a tentar copiar os métodos da Rússia soviética? Penso que há uma grande necessidade de o governo investigar estas alegações.... Certamente que este tipo de governo que criámos no Chipre não pode continuar indefinidamente desta forma. Parecem existir estes espancamentos de jovens, assaltos, interrogatórios, brutalidades na prisão e o enforcamento de pessoas por ações que aqui não seriam puníveis com a morte, se fizemos alguma coisa em Chipre, erguemos uma árvore de forca como símbolo - que parece ser agora o símbolo daquela ilha infeliz - da qual pende o cadáver martirizado da juventude cipriota. Mas como Baudelaire descreveu no seu poema 'Voyage to Cytherea', à medida que nos aproximamos, descobrimos que o cadáver pendurado naquela forca é a nossa própria imagem, a imagem da nossa própria culpa e vergonha".» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, p 607.