quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Bico calado

  • Sob as ordens de Ben-Gvir, a Polícia de Israel proíbe as bandeiras palestinianas em público. A ordem do Comissário da Polícia Kobi Shabtai vem após as celebrações da libertação do prisioneiro de segurança palestiniano Karim Younis, durante as quais as bandeiras foram exibidas. Josh Breiner, Haaretz.
  • O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, foi detido pela PJ no âmbito da Operação Vórtex, na sequência de um processo em que estão envolvidas queixas e denúncias sobre projetos imobiliários e respetivo licenciamento de edifícios e unidades hoteleiras, feitos desde 2018, onde se suspeita de ligações ilícitas entre um gabinete de arquitetos, um arquiteto e a própria câmara de Espinho.  O mesmo aconteceu com um funcionário da autarquia (Arq. José Manuel Soares Costa, Chefe da Divisão de Obras Particulares e Licenciamentos) e três empresários de construção civil. Joaquim Pinto Moreira do PSD também é visado nesta investigação. Antigo presidente da Câmara Espinho é hoje vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e foi escolhido pelo partido para liderar a comissão de Revisão Constitucional na Assembleia da República. Foi alvo de buscas judiciais mas ainda não terá sido constituído arguido. O inquérito que deu origem às buscas judiciais ter-se-á iniciado em 2018, altura em que Pinto Moreira era o presidente da Câmara de Espinho — cargo que desempenhou entre 2009 e 2021. Fontes: Observador, CM e JN.

  • «O governo controlava rigorosamente os movimentos dos aldeões com recolher obrigatório todas as noites dentro das portas do aldeamento. Os guardas vigiaram estes portões e alinharam homens e mulheres em filas divididas por sexo para fazer buscas minuciosas sempre que os aldeões entravam ou saíam do complexo de arame farpado. Em algumas áreas, os funcionários coloniais aplicavam confinamentos domésticos de vinte e duas horas como forma de punição coletiva por "não-cooperação". Também controlavam a alimentação. Os seringueiros que trabalhavam nas quintas durante o dia recordam os anos de realojamento como anos de semi fome. "Fiquei contente por saber que iríamos ter o nosso próprio terreno agrícola do governo", recorda um refugiado. "Pensei que podíamos ser protegidos pelo governo e mantidos a salvo dos comunistas". . .. Nunca pensei que a vida por detrás do arame farpado pudesse ser assim. Como um campo de concentração"Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, p 508.

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