Durante a noite de 3 de Dezembro de 1984, a fábrica de pesticidas da norte-americana Union Carbide (UCC) em Bhopal, Índia, registou a fuga de 27 toneladas de gases tóxicos. 3.800 pessoas morreram instantaneamente, e até hoje mais de 22.000 morreram devido a ferimentos provocados pela fuga. O desastre era evitável. No seu esforço para maximizar os lucros, a UCC, hoje propriedade da Dow - um dos maiores produtores químicos do mundo – flexibilizou a segurança e construiu a fábrica utilizando tecnologia não testada. Consciente dos perigos, classificou-os como um "risco comercial" aceitável. A UCC também ignorou provas das suas próprias auditorias de segurança, bem como avisos dos sindicatos e dos media locais sobre uma catástrofe iminente na fábrica. Na sequência do desastre, a UCC não só abandonou a fábrica sem limpar os produtos químicos que tinha deixado para trás, como também não informou as autoridades locais de que esses químicos estavam a vazar para o solo local e para o abastecimento de água. Durante anos, mais de 30.000 pessoas têm sido envenenadas pela sua água potável, e até hoje, as famílias empobrecidas ainda vivem no solo contaminado. A taxa de defeitos congénitos na zona contaminada é dez vezes superior à do resto da Índia. O cancro e outras doenças são frequentes e a taxa de contaminação piora a cada ano. Em 1989, o governo indiano pagou 500 dólares por sobrevivente, o que equivale a 5 cêntimos por dia. Entretanto, a Dow continua a rejeitar a responsabilidade da UCC pelo desastre e recusa-se a descontaminar o local. Mais pormenores aqui. Video.
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