Bico calado
- «(…) O
alienado é um animal feliz como um bovino num belo prado, em desenvolvimento
para abate, mesmo que o matadouro esteja perto! E a Ucrânia está perto, e
também a Síria, o Iraque, a Etiópia, o Afeganistão onde morrem seres humanos
nas guerras, de fome, de sede, de doença. No entanto as
multidões continuarão a ir alegremente em peregrinação a santuários, a
autódromos de corridas de automóveis, a jogos olímpicos, irão tomar banho ao
rio Ganges e assistir a concertos de música e luzes, irão a feiras e a regatas.
Nunca perguntarão: Quem me mandou ao Qatar? (porque alguém os mandou!), nem
quem os mandou ir a Meca, a Roma, ao Rock in Rio… Pensar na causa dos
acontecimentos prejudica a ordem natural da sociedade. Diria o doutor Salazar,
se ainda por cá andasse: Se soubessem o que dói pensar preferiam ir ao Qatar. A romaria dos
governantes do mundo vai ao Qatar para acalmar os seus rebanhos nas pastagens
de residência, mais do que incentivar os seus artistas jogadores! E os
portugueses não ficam atrás.» Carlos Matos Gomes, FB 5dez2022.
- Quatro bancos
belgas, uma companhia aérea e uma empresa química estão envolvidos com colonatos
israelitas em território palestiniano, com a empresa química Solvay a abastecer
o fornecedor de drones do exército israelita.
Um relatório destaca 50 empresas diretamente envolvidas nos colonatos
israelitas que têm relações financeiras com instituições financeiras europeias
- incluindo a Solvay, Airbnb, Alstom, Booking Holdings, Carrefour, Hyundai
Heavy Industries, IBM, PUMA, Siemens, Tripadvisor, TUI Group e o Volvo Group. A
UE considera os colonatos israelitas ilegais ao abrigo do direito internacional.
O relatório também identifica 725 instituições financeiras europeias que apoiam
empresas que operam nos territórios palestinianos ocupados. Em 2019, foram também encontrados produtos
Solvay no local de construção de uma conduta de água na aldeia palestiniana de
Bardala, no território palestiniano ocupado, que desviou água doce das fontes
de água palestinianas para os colonatos israelitas. Anne-Sophie
Gayet, EurActiv.
- Cerca de 300
pessoas morreram num ataque a aldeões no leste da República Democrática do
Congo, na semana passada, levado a cabo pelos rebeldes do M23. EurActiv. Portugal temlá tropas integradas numa missão das NU. Os media
portugueses não nos atualizam.
- A Câmara dos
Representantes dos EUA aprovou legislação para bloquear uma greve ferroviária
nacional prevista para 9 de dezembro. A ameaça de greve foi provocada pela
recusa dos patrões dos caminhos-de-ferro concederem licenças por doença pagas. A
maioria dos trabalhadores dos caminhos-de-ferro está em permanente
"chamada" quando não está de serviço. Podem ser penalizados por
faltar ao trabalho por não responderem a uma chamada, por estarem doentes, ou
por causa de uma emergência familiar. Os sindicatos exigiam 15 dias de doença
pagos por ano. Malik Miah, Green Left. Depois da proibição
da greve, o governo da Coreia do Sul anunciou que também vai proibir a greve
dos camionistas.
- O Exército dos
EUA adjudicou à Raytheon Missiles and Defense um contrato no valor de 1,2 mil
milhões de dólares para a entrega de seis baterias do Sistema de Mísseis Aéreos
à Ucrânia. Jen Judson,
Defense News.
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