Bico calado
- «Como salienta
o estudioso indiano Madhusree Mukerjee: "Toda a
produção comercial da colónia de madeira, têxteis de lã e artigos de couro, e
três quartos da sua produção de aço e cimento, seriam necessários para a
guerra. Em pouco tempo, fábricas perto de Calcutá produziam munições, granadas,
bombas, armas e outro armamento; as fábricas de Bombaim produziam uniformes e
pára-quedas, enquanto fábricas por todo o país contribuíam com botas, corpos de
jipes e chassis, (...) e centenas de artigos auxiliares como binóculos (...).
Para além do próprio Reino Unido, a Índia tornar-se-ia o maior contribuinte
para a guerra do império". Os indianos
comuns sentiram todo o peso da coação estatal de emergência cair sobre eles: a
requisição e o racionamento generalizados, para não falar no recrutamento e
aprovisionamento das forças armadas, entraram no dia-a-dia de inúmeros
súbditos. As exportações de cereais em tempo de guerra para alimentar tropas
famintas dizimaram ainda mais uma população faminta, quase 60% da qual, segundo
um inquérito de 1933, encontrava-se "mal nutrida" ou "muito mal
alimentada".» Caroline Elkins, Legacy of Violence – a History of the
British Empire. The Bodley Head/Penguin 2022, pp 275-276.
- O Qatar condenou
uma investigação de corrupção da Bélgica e a suspensão do acesso do Estado do
Golfo ao Parlamento da UE, afirmando que poderia ter um impacto
"negativo" nas relações e no fornecimento de gás natural. EurActiv.
Sem comentários:
Enviar um comentário