Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quinta-feira, 13 de outubro de 2022
Bico calado
Lembram-se quando os media ocidentais consideravam
normalíssimo bombardear cidades? Capa da TIME de setembro de 1996: ‘Pondo os sérvios de
joelhos. Um bombardeamento massivo abre a porta à paz’.
O comércio de armas é uma ONG, uma instituição de caridade. A
empresa por detrás das Land Forces, AMDA, anteriormente a Aerospace Maritime
and Defence Foundation of Australia, faz parte de um grupo de empresas
registadas na Australian Charities and Non-for-profit Commission que opera em
todo o país. A AMDA é uma ONG para o armamento; e
apesar das suas receitas de mais de 10 milhões de dólares provenientes da venda
de armas, recebeu subsídios estatais e subiu os ordenados aos seus diretores.Callum Foote,
MWM.
«Londres prestou um extraordinário apoio de facto a
Israel no que diz respeito à construção do muro ao longo da Cisjordânia. Embora
o governo britânico diga repetidamente que acredita que a construção do muro é
ilegal, as suas ações apontam numa direção diferente. Em outubro de 2003, a
Grã-Bretanha absteve-se na votação do Conselho de Segurança da ONU, declarando
ilegal a construção do muro. Questionado no parlamento sobre o motivo da sua
votação, o ministro dos Negócios Estrangeiros Bill Rammell disse que a
declaração "não condenou os ataques bombistas suicidas e, por conseguinte,
não reconheceu as verdadeiros preocupações de segurança de Israel". O que
a Grã-Bretanha queria era "um texto mais equilibrado". Depois, em finais de 2003, o governo também se absteve
sobre uma proposta de resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas para
obter o parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a legalidade
do muro. Questionada no parlamento, a ministra dos Negócios Estrangeiros
Baroness Symons disse que "consideramos inapropriado tomar tal ação sem o
consentimento de ambas as partes" - um extraordinário exemplo de deferência
para com Israel. E no início de 2004, o Ministério dos Negócios Estrangeiros
apresentou uma objeção ao TIJ que estava agendada para rever a legalidade do
muro, alegando razões técnicas sobre o papel do tribunal.» Mark Curtis, Unpeople, Britains’s secret human rights
abuses – Vintage 2004, p 153.
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