quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Bico calado

Um Royal Marine segura cabeças decapitadas em Malásia, 1952. (Foto: Daily Worker)

  • A chamada "emergência" na Malásia, entre 1948 e 1960, foi uma campanha de contra-insurreição levada a cabo pela Grã-Bretanha contra o Exército de Libertação Nacional Malaio. A maior preocupação dos governos britânicos era proteger os seus interesses comerciais na colónia, que eram principalmente a borracha e o estanho. A insurreição ameaçava o controlo sobre estes recursos. O governo trabalhista de Clement Attlee enviou militares britânicos para o território em 1948 em grande parte para proteger esses interesses comerciais. Número estimado de mortos: 10.000-13.000. Mark Curtis, Britain’s forgotten war for rubberDeclassified UK.
  • Na cimeira do bloco asiático em 15-16 de setembro em Samarkand, China, Rússia, Índia, Paquistão e outros países discutem, entre outras coisas, a eliminação do monopólio do dólar nas trocas internacionais. Fonte.
  • A Rússia já não luta contra um exército ucraniano equipado pela OTAN, mas sim um exército da OTAN comandado por ucranianos. Scott Ritter.
  • Os abastecimentos que se acredita serem pelo menos parcialmente compostos por petróleo russo chegaram a Nova Iorque e Nova Jersey no mês passado. Estes provavelmente vieram da Índia, que há meses compra barris russos com desconto. Anna Hirtenstein e Benoit Faucon, WSJ.

  • «John Bolton, futuro embaixador dos EUA nas Nações Unidas, escreveu em 2000 que, devido ao seu estatuto único, os Estados Unidos da América não podiam ser "legalmente vinculados" ou limitados de forma alguma pelas suas obrigações a tratados internacionais. Os Estados Unidos precisavam de "ser desenvergonhados, sem desculpas e sem compromissos, hegemónicos constitucionais americanos", para que os seus "decisores superiores" pudessem ser livres de usar a força unilateralmente. Condoleezza Rice, futura Secretária de Estado norte-americana, escrevendo em 2000, foi igualmente desrespeitadora do direito internacional. Ela afirmou que, na busca da sua segurança nacional, os Estados Unidos já não precisavam de se orientar por "noções de direito e normas internacionais" ou "instituições como as Nações Unidas" porque estavam "no lado certo da história". (Z magazine, Boston MA, July/August  2004).» William Blum, America’s deadliest export – Zed Books 2014, pp 310-311.

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