Grândola: autarquia contra PIN que ameaça reserva de águas subterrâneas
- Mina de cobre em Grândola passa a projeto de potencial
interesse nacional mas a Câmara Municipal está contra porque se situa numa
importante reserva de águas subterrâneas e, se concretizado, terá impactos
desastrosos porque a região é das primeiras a sofrer com falta de água. Uma das
principais captações de água do concelho fica precisamente na propriedade para
onde está projetada a implantação da mina. O concessionário REDCORP –
Empreendimentos Mineiros, Lda conseguiu
uma autorização PIN, mas a AICEP garante que se não houver sustentabilidade
ambiental a licença ficará pelo caminho. A Câmara de Grândola não quer ver
repetido o que aconteceu nas antigas minas de Canal Caveira e Lousal: as
reservas subterrâneas de água desapareceram com o início da exploração. Para já, o parecer da comissão de avaliação refere a
existência de muitas indefinições relativamente ao projeto. A consulta pública deste projeto decorreu durante 15 dias
úteis (18 abril – 9 maio), tendo-se registado 22 exposições. Entre elas, a União
de Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra, diz-se contra porque a
viabilidade do montado de sobro não se coaduna com os objetivos da mina, que
irá inibir o desenvolvimento de grande parte do concelho e freguesia para
outras atividades económicas de maior sustentabilidade ambiental e social. Para
a Quercus, a instalação da mina, que incide
sobre várias dezenas de hectares de Reserva Ecológica Nacional, afetaria
irremediavelmente as captações de água subterrânea, com o rebaixamento do nível
freático, diminuição de recarga de aquíferos, potenciando a contaminação de
águas subterrâneas. Os cidadãos não têm ilusões: não é evidente a maisvalia
concreta para o concelho de Grândola uma vez que a empresa promotora não tem
sede no concelho. Além disso, o concelho de Grândola já tem a aldeia mineira do Lousal
que passou por situação semelhante e ainda não recuperou em termos sociais.
- Os ambientalistas da Zero estão contra a construção da
Barragem do Pisão porque vai beneficiar apenas 77 explorações agrícolas. Tudo a
um elevado preço: a população terá de ser realojada, mas ninguém prevê custos,
e centenas de hectares de montados vão ser destruídos, prevendo-se a
fragmentação e desaparecimento de habitat de espécies em risco de extinção como
o sisão, a abetarda e a águia caçadeira. Os promotores dizem que a futura barragem
irá disponibilizar água para consumo urbano para cerca de 110 mil pessoas nos
15 municípios do distrito de Portalegre, além de oncluir uma central
fotovoltaica flutuante. Agroportal.
- O abeto branco está a migrar
para norte no Ártico a um ritmo superior a quatro quilómetros por década. Os cientistas citam a descoberta de quase 7.000 árvores
de abeto branco no deserto do Alasca e examinam os possíveis mecanismos que
impulsionam a migração das árvores. Encontram um conjunto de condições
favoráveis, incluindo o aumento da temperatura do ar, o aumento dos ventos
invernais e o aumento do nevão, que podem contribuir para a migração
anormalmente rápida. Dizem que as suas observações podem ajudar a melhorar os
modelos de avanço da floresta e fornecer conhecimentos importantes sobre as
condições ambientais, convertendo a tundra em floresta. Nature.
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