terça-feira, 16 de agosto de 2022

Grândola: autarquia contra PIN que ameaça reserva de águas subterrâneas

  • Mina de cobre em Grândola passa a projeto de potencial interesse nacional mas a Câmara Municipal está contra porque se situa numa importante reserva de águas subterrâneas e, se concretizado, terá impactos desastrosos porque a região é das primeiras a sofrer com falta de água. Uma das principais captações de água do concelho fica precisamente na propriedade para onde está projetada a implantação da mina. O concessionário REDCORP – Empreendimentos Mineiros, Lda  conseguiu uma autorização PIN, mas a AICEP garante que se não houver sustentabilidade ambiental a licença ficará pelo caminho. A Câmara de Grândola não quer ver repetido o que aconteceu nas antigas minas de Canal Caveira e Lousal: as reservas subterrâneas de água desapareceram com o início da exploração. Para já, o parecer da comissão de avaliação refere a existência de muitas indefinições relativamente ao projeto. A consulta pública deste projeto decorreu durante 15 dias úteis (18 abril – 9 maio), tendo-se registado 22 exposições. Entre elas, a União de Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra, diz-se contra porque a viabilidade do montado de sobro não se coaduna com os objetivos da mina, que irá inibir o desenvolvimento de grande parte do concelho e freguesia para outras atividades económicas de maior sustentabilidade ambiental e social. Para a Quercus, a instalação da mina, que incide  sobre várias dezenas de hectares de Reserva Ecológica Nacional, afetaria irremediavelmente as captações de água subterrânea, com o rebaixamento do nível freático, diminuição de recarga de aquíferos, potenciando a contaminação de águas subterrâneas. Os cidadãos não têm ilusões: não é evidente a maisvalia concreta para o concelho de Grândola uma vez que a empresa promotora não tem sede no concelho. Além disso, o concelho de Grândola já tem a aldeia mineira do Lousal que passou por situação semelhante e ainda não recuperou em termos sociais.
  • Os ambientalistas da Zero estão contra a construção da Barragem do Pisão porque vai beneficiar apenas 77 explorações agrícolas. Tudo a um elevado preço: a população terá de ser realojada, mas ninguém prevê custos, e centenas de hectares de montados vão ser destruídos, prevendo-se a fragmentação e desaparecimento de habitat de espécies em risco de extinção como o sisão, a abetarda e a águia caçadeira. Os promotores dizem que a futura barragem irá disponibilizar água para consumo urbano para cerca de 110 mil pessoas nos 15 municípios do distrito de Portalegre, além de oncluir uma central fotovoltaica flutuante. Agroportal.

  • O abeto branco está a migrar para norte no Ártico a um ritmo superior a quatro quilómetros por década. Os cientistas citam a descoberta de quase 7.000 árvores de abeto branco no deserto do Alasca e examinam os possíveis mecanismos que impulsionam a migração das árvores. Encontram um conjunto de condições favoráveis, incluindo o aumento da temperatura do ar, o aumento dos ventos invernais e o aumento do nevão, que podem contribuir para a migração anormalmente rápida. Dizem que as suas observações podem ajudar a melhorar os modelos de avanço da floresta e fornecer conhecimentos importantes sobre as condições ambientais, convertendo a tundra em floresta. Nature.

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