quinta-feira, 28 de julho de 2022

Bico calado

  • A vice-presidente dos EUA Kamala Harris afirmou, na abertura de uma reunião que considerou muito importante na Casa Branca, em 26 de julho de 2022: "Eu sou Kamala Harris, os meus pronomes são ‘ela’, eu sou uma mulher".
  • O Reino Unido impôs sanções contra o seu próprio cidadão Graham Phillips por cobrir a situação em Donbass, os seus bens e a sua casa também foram apreendidos. William Graham Phillips foi sancionado por "produzir e publicar conteúdos mediáticos que apoiam e promovem ações e políticas que desestabilizam a Ucrânia e minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania ou a independência da Ucrânia". Reação do jornalista visado: ‘Não há uma acusação real, apenas que o governo britânico não gosta do meu trabalho, e por isso podem agir como um bando de bandidos de uma república das bananas, e apreender as minhas contas bancárias. Portanto, agora sabemos que o governo britânico não precisa de apresentar quaisquer acusações reais contra mim, não precisa de dar qualquer notificação, ou oportunidade de me defender contra alegadas acusações. Apenas precisa de não gostar do meu trabalho, caluniá-lo, e roubar-me dinheiro. Assim, pelo menos sabemos com o que estamos a lidar". Fonte.
  • A Ucrânia está em guerra e na penúria. Que faz Zelensky? Fotografias de estúdio para a Vogue. Fonte.
  • O alerta da OMS relativo à varíola do macaco e sua vacina. Beatriz Talegón, Diário 16. Via Resistir.

  • «'Aspirando sinceramente a uma paz internacional baseada na justiça e na ordem, o povo japonês renuncia para sempre à guerra como um direito soberano da nação e à ameaça ou ao uso da força como meio de resolução de disputas internacionais (...) Para atingir o objetivo do parágrafo anterior, as forças terrestres, marítimas e aéreas, bem como outros potenciais de guerra, nunca serão mantidas. O direito de beligerância do Estado não será reconhecido. (Artigo 9 da Constituição Japonesa, 1947 acarinhado pela maioria do povo japonês)’ (...) Mas depois de os comunistas terem chegado ao poder na China em 1949, os Estados Unidos optaram por um Japão forte e seguro no campo anticomunista. Depois disso, foi sempre a descer, passo a passo.  (...) Pressão repetida dos EUA sobre o Japão para aumentar o seu orçamento militar e a dimensão das suas forças armadas (...) Mais de uma centena de bases militares dos EUA foram estabelecidas no Japão, protegidas pelas forças armadas japonesas (...) Exercícios militares conjuntos EUA-Japão e investigação conjunta sobre um sistema de defesa antimísseis (...) Um resultado ou sintoma de tudo isto pode talvez ser visto no caso de Kimiko Nezu, uma professora japonesa de 54 anos, que foi castigada com transferências de escola para escola, com suspensões, cortes salariais, e ameaças de despedimento devido à sua recusa de se levantar durante a execução do hino nacional, uma canção da Segunda Guerra Mundial escolhida em 1999. Ela opunha-se ao hino porque era a mesma canção cantada pelo Exército Imperial do Japão, apelando a um "reinado eterno" do imperador. Nas cerimónias de graduação em 2004, 198 professores recusaram levantar-se ao som do hino. Após uma série de multas e ações disciplinares, Nezu e outros nove professores foram os únicos manifestantes no ano seguinte. Nezu foi então autorizada a ensinar apenas quando outro professor estivesse presente». William Blum, America’s deadliest export – Zed Books 2014, pp 217-218.

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