Bico calado
- «(…) Passou 8 anos calado, não tomou posição alguma face
ao golpe de estado na Ucrânia que substituiu um presidente eleito por uma
caterva de nazis e ultra-nacionalistas de raiz hitleriana no parlamento e no
governo. É que a CEE ficou contente com o Maidan que lhe daria um mercado
extra, mão de obra barata e a aproximação da Nato às fronteiras russas. António
Costa nem tugiu nem mugiu; se o plano era esse, moita calada. Mas agora as
coisas vão feias para a CEE, o regime de Kiev e a tropilha da Nato; recebe-se o
cómico-nazi na AR em digital e manda-se o chefe do governo nacional para as
bandas do conflito. Na Roménia, - alguma vez se falava na Roménia nos gabinetes
do governo? -, (…) É agora na Roménia que a GNR e a Guarda-Fiscal vão atuar
contra invasões ( de tabaco e droga ? ) perigosas para Lisboa e o Vale do Tejo.
(…) Segue à Polónia discutir a entrada dum país falido (…) Costa olha para
cima, o polaco, para baixo: estamos no nosso nível. Como se não bastasse, na
sua atitude de lacaio, mandaram que do OGE nacional saíssem verbas para os
refugiados que o regime de Kiev produziu na sua russofobia. Uns milhões que
não existem para o SNS e médicos de família, para investimento social, para
apoio a medidas que permitam um salário mínimo decente, reformas condignas e o
fim da precariedade laboral saem da cartola de António Costa, justificam a
viagem, permitem a foto e fazem dele um ternurento caniche da Europa.
Vai a Kiev e, num intervalo sem ressaca do cómico-nazi, será protagonista de
uma foto de rua encenada com o tonto mentiroso que manda converter uma rendição
sem condições, como a das suas tropas nas instalações da Azovstal, numa
vitoriosa evacuação de heróicos guerreiros nazis tatuados de suásticas por todo
o corpo ! (…).» Fonte.
- Israel usou armas norte-americanas para destruir bens e
projetos de ajuda dos EUA e uma fábrica da Coca Cola em Gaza. Daniel
Boguslaw, The Intercept.
- A narrativa de conluio Rússia-Trump de 2016 e o que se
seguiu foi um truque sujo de que não há memória, e agora ficámos a saber que
veio da principal candidata, Hillary Rodham Clinton. Este foi o testemunho de
Robby Mook, diretor de campanha de Clinton até 2016, no tribunal federal. O Sr. Mook testemunhou no julgamento de Michael Sussmann,
o advogado acusado de mentir ao FBI, como testemunha no julgamento do advogado
especial John Durham. Em setembro de 2016, o Sr. Sussmann apresentou ao FBI as
alegações de uma ligação secreta de Trump ao Banco Alfa da Rússia e disse que
não estava a agir em nome de nenhum cliente. Os promotores dizem que ele estava
a trabalhar para a campanha Clinton. Os procuradores apresentaram esta semana
provas de que o Sr. Sussmann trabalhou com ciberpesquisadores e a empresa de
investigação da oposição Fusion GPS para produzir as reivindicações em nome da
campanha Clinton, e para as transmitir ao FBI. Um agente do FBI testemunhou que
uma análise do FBI rejeitou rapidamente as reivindicações como sendo
implausíveis. Em suma, a campanha Clinton inventou a ligação Trump-Alfa, ofereceu-a
a uma imprensa crédula que não confirmou as alegações mas avançou com elas de
qualquer forma, depois promoveu a história como se fosse uma notícia legítima.
A campanha também entregou as alegações ao FBI, dando aos jornalistas outra
desculpa para retratarem as acusações como graves e talvez verdadeiras. A
maioria da imprensa irá ignorar esta notícia, mas a narrativa Rússia-Trump, que
a Sra. Clinton fomentou, causou enormes danos ao país. Desgraçou o FBI,
humilhou a imprensa, e mergulhou o país numa investigação de três anos que não
levou a lado nenhum. Vladimir Putin nunca esteve tão perto de fazer tantos
danos de desinformação.» The Editorial Board,
WSJ.
- «Em 2018, a Santa Casa da Misericórdia recebeu 1600 milhões de euros brutos pelos vários jogos que publicita. O paradoxo é que a instituição que garante auxiliar os pobres, o faz com o dinheiro que lhes retira. A caridade faz-se à custa dos que anseiam por uma existência digna. Ou seja, lança-se o isco. A tentação está em todo o lado. Há quem fique agarrado. Olha-se para o dinheiro arrecadado. Depois fazem-se estudos e lamentam-se as consequências. As causas nunca são enunciadas. E a seguir distribuem-se migalhas pelos que ficaram dependentes. E no final culpabilizamo-los.» Vítor Belanciano, O país da “raspadinha” – Público 22mai2022.
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