terça-feira, 24 de maio de 2022

Bico calado

  • «(…) Passou 8 anos calado, não tomou posição alguma face ao golpe de estado na Ucrânia que substituiu um presidente eleito por uma caterva de nazis e ultra-nacionalistas de raiz hitleriana no parlamento e no governo. É que a CEE ficou contente com o Maidan que lhe daria um mercado extra, mão de obra barata e a aproximação da Nato às fronteiras russas. António Costa nem tugiu nem mugiu; se o plano era esse, moita calada. Mas agora as coisas vão feias para a CEE, o regime de Kiev e a tropilha da Nato; recebe-se o cómico-nazi na AR em digital e manda-se o chefe do governo nacional para as bandas do conflito. Na Roménia, - alguma vez se falava na Roménia nos gabinetes do governo? -, (…) É agora na Roménia que a GNR e a Guarda-Fiscal vão atuar contra invasões ( de tabaco e droga ? ) perigosas para Lisboa e o Vale do Tejo. (…) Segue à Polónia discutir a entrada dum país falido (…) Costa olha para cima, o polaco, para baixo: estamos no nosso nível. Como se não bastasse, na sua atitude de lacaio, mandaram que do OGE nacional saíssem verbas para os refugiados que o regime de Kiev produziu na sua russofobia. Uns milhões que não existem para o SNS e médicos de família, para investimento social, para apoio a medidas que permitam um salário mínimo decente, reformas condignas e o fim da precariedade laboral saem da cartola de António Costa, justificam a viagem, permitem a foto e fazem dele um ternurento caniche da Europa. Vai a Kiev e, num intervalo sem ressaca do cómico-nazi, será protagonista de uma foto de rua encenada com o tonto mentiroso que manda converter uma rendição sem condições, como a das suas tropas nas instalações da Azovstal, numa vitoriosa evacuação de heróicos guerreiros nazis tatuados de suásticas por todo o corpo ! (…).» Fonte.
  • Israel usou armas norte-americanas para destruir bens e projetos de ajuda dos EUA e uma fábrica da Coca Cola em Gaza. Daniel Boguslaw, The Intercept.

  • A narrativa de conluio Rússia-Trump de 2016 e o que se seguiu foi um truque sujo de que não há memória, e agora ficámos a saber que veio da principal candidata, Hillary Rodham Clinton. Este foi o testemunho de Robby Mook, diretor de campanha de Clinton até 2016, no tribunal federal. O Sr. Mook testemunhou no julgamento de Michael Sussmann, o advogado acusado de mentir ao FBI, como testemunha no julgamento do advogado especial John Durham. Em setembro de 2016, o Sr. Sussmann apresentou ao FBI as alegações de uma ligação secreta de Trump ao Banco Alfa da Rússia e disse que não estava a agir em nome de nenhum cliente. Os promotores dizem que ele estava a trabalhar para a campanha Clinton. Os procuradores apresentaram esta semana provas de que o Sr. Sussmann trabalhou com ciberpesquisadores e a empresa de investigação da oposição Fusion GPS para produzir as reivindicações em nome da campanha Clinton, e para as transmitir ao FBI. Um agente do FBI testemunhou que uma análise do FBI rejeitou rapidamente as reivindicações como sendo implausíveis. Em suma, a campanha Clinton inventou a ligação Trump-Alfa, ofereceu-a a uma imprensa crédula que não confirmou as alegações mas avançou com elas de qualquer forma, depois promoveu a história como se fosse uma notícia legítima. A campanha também entregou as alegações ao FBI, dando aos jornalistas outra desculpa para retratarem as acusações como graves e talvez verdadeiras. A maioria da imprensa irá ignorar esta notícia, mas a narrativa Rússia-Trump, que a Sra. Clinton fomentou, causou enormes danos ao país. Desgraçou o FBI, humilhou a imprensa, e mergulhou o país numa investigação de três anos que não levou a lado nenhum. Vladimir Putin nunca esteve tão perto de fazer tantos danos de desinformação.» The Editorial Board, WSJ.
  • «Em 2018, a Santa Casa da Misericórdia recebeu 1600 milhões de euros brutos pelos vários jogos que publicita. O paradoxo é que a instituição que garante auxiliar os pobres, o faz com o dinheiro que lhes retira. A caridade faz-se à custa dos que anseiam por uma existência digna. Ou seja, lança-se o isco. A tentação está em todo o lado. Há quem fique agarrado. Olha-se para o dinheiro arrecadado. Depois fazem-se estudos e lamentam-se as consequências. As causas nunca são enunciadas. E a seguir distribuem-se migalhas pelos que ficaram dependentes. E no final culpabilizamo-los.» Vítor Belanciano, O país da “raspadinha” – Público 22mai2022.

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