Bico calado
- «Esta manhã, um amigo publicou um vídeo de Bucha, uma
cidade perto de Kiev, com a seguinte mensagem “assassinatos em massa de civis
por russos”. (Ver aqui). Não lhe perguntei como é que, nesse vídeo, todos os
corpos estavam deitados na estrada e à beira da estrada, e não em casas ou sob
os seus escombros. Bastaria essa simples pergunta para desmascarar aquela
grotesca encenação. (…) a verdade é que as tropas russas deixaram Bucha como
parte de uma manobra de reagrupamento, alguns dias antes de serem descobertas
as “vítimas da ocupação”. As Forças Armadas da Ucrânia não se deram conta disso
imediatamente e durante quase três dias bombardearam intensamente aquela
pequena cidade com artilharia, sob a qual esses civis poderiam ter sido
abatidos, mas nunca naqueles locais e naquele formato. (…) o estado desses
corpos sugere que eles foram mortos muito recentemente (menos de 24 horas), ou
seja, ontem, o mais tardar. Ora, os cadáveres depois de vários dias deitados na
rua ficam com um aspecto muito diferente da imagem que é apresentada, (e eu sei
porque infelizmente já tive de observar outras situações idênticas) e os russos
há mais de três dias que deixaram aquele local. (…) Estas alegações,
através de um vídeo e fotos muito publicitadas nas redes sociais, são mais uma
produção vil, pensada para agitar as emoções de pessoas que nunca viram guerra
ou cadáveres e, sobretudo, para retirar da atenção do público os mais que
evidentes crimes dos extremistas ucranianos que começavam a ser impossíveis de
esconder. (…) Estou quase certo que uma posterior análise ainda vai acabar por
revelar que são civis russos acusados de colaboracionismo ou PGs russos
vestidos à civil, trazidos das prisões dos extremistas ucranianos, pois alguns
ainda têm a braçadeira branca indicadora de serem pró-russos. (…)» Major-General
Raúl Cunha, Desinformação e perfídia, é o que temos na comunicação social.
- «Fernanda Câncio acha que o Público devia explicar que o
trabalho que o Bruno
Carvalho está a fazer no Donbass, de quem o Público publicou um
artigo, devia vir acompanhado de uma explicação por, supostamente, o Bruno ser
“pró-russo”. (…) Para Câncio, jornalismo é dizer o mesmo que todos os
outros dizem, ou não é jornalismo. (…) Para Câncio, tudo o que seja questionar o
discurso oficial é propaganda do outro lado. Foi assim quando apoiou as
invasões do Iraque e Afeganistão, que ela ainda estava “para ver” (…).
Jornalismo é quando pertences a uma elite que vive em Lisboa e frequenta os
mesmos meios que todos os outros, para depois dizer o mesmo que todos os
outros. (…)» RICARDO M SANTOS, As hienas que vivem
na estrumeira do seu pensamento - Manifesto74.
- Moscovo terá faturado mais dinheiro com as exportações de
energia, porque os países europeus cancelaram contratos a longo prazo (a um
baixo custo fixo abaixo do preço de mercado) e, em vez disso, compraram energia
no mercado à vista (por preços muito mais elevados). Bloomberg. A Hungria estava a pagar pelo gás russo cinco vezes mais
barato do que o preço de mercado graças aos seus contratos a longo prazo,
enquanto outros países europeus estavam a comprar gás caro no mercado à vista.
Via Benjamin Norton.
- Sasha, 66 anos, vive em Portugal há 30, tem dupla
nacionalidade e faz parte do coro de um teatro em Lisboa. Há dias
bloquearam-lhe a conta no BPI. Vítima do rolo compressor da atual paranoia
anti-Rússia e anti-russos, queixou-se. As autoridades competentes arrastam os
pés no apuramento de responsabilidades. Mal educadas, não lhe pediram
desculpas. Hugo Franco, Expresso 1abr2022.
- A China foi identificada como a ameaça número um que os
EUA enfrentam na nova Estratégia de Defesa Nacional (NDS) do Pentágono.
- Uma semana após a administração bush ter lançado a sua
Guerra ao Terror, Woodward perguntou a Cheney quanto tempo iria durar. Cheney
respondeu: "Pode nunca acabar. Pelo menos, não durante a nossa vida".
O sonho erótico do empreiteiro de armas tinha-se materializado. O orçamento do
Pentágono, em 2001, era de $287B. Agora é de $773B. Jeffrey St. Clair,
CounterPunch.
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