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sexta-feira, 25 de março de 2022
Bico calado
Como Sec. de Estado nos anos 90, Albright supervisionou a
fome provocada pela guerra dos EUA ao Iraque, uma ação que matou 1 milhão de
pessoas, incluindo 500.000 crianças. Sucessivos diplomatas da ONU afirmaram
tratar-se de um "genocídio". Veja o que ela tem a dizer sobre o
assunto quando entrevistada pelo programa ’60 minutos’: o assassinato em massa
de crianças iraquianas "valeu a pena". Nascida Marie Jana Korbelova, Albright é filha do ex
diplomata checo anticomunista Josef Korbel, que odiava Tito. Foi orientada por
Zbig Brzezinski, filho do diplomata que lutou com o exército nacionalista da
Polónia contra a URSS.
«Há cerca de uma semana atrás, Catarina Vasco Pires,
Juíza do Tribunal Central de Instrução Criminal, pregou mais um prego no caixão
da nossa Justiça. Fê-lo ao determinar, sob o absolutamente inacreditável
“argumento” da “situação humanitária vivida na Ucrânia e as finalidades
invocadas pelo arguido”, a desobrigação do neonazi Mario Machado de cumprir
“enquanto estiver ausente no estrangeiro, designadamente naquele país” a medida
de coacção que lhe fora fixada de apresentações quinzenais às autoridades. Isto,
não obstante Mário Machado já ter publicamente anunciado, nomeadamente na sua
conta de Telegram, que iria para a Ucrânia combater as tropas russas no âmbito
da “Operação 1143”. E tudo isto também apesar de, no próprio requerimento,
Mário Machado ter invocado explicitamente que já mobilizara “um grupo de
pessoas de diversas nacionalidades” para “ir para a Ucrânia prestar ajuda
humanitária e, se necessário, combater ao lado das tropas ucranianas”
(sic, sendo nosso o realce). (…) Ora, é
precisamente num processo como este, com um arguido com todos estes
antecedentes (designadamente de condenações) que a Justiça Criminal portuguesa,
no fundo, acha e decide que, se é para matar russos, e enquanto estiver no
estrangeiro (pelos vistos por 1 mês, por 1 ou até por 10 anos, ou até para
sempre), pode ficar dispensado da (já de si levíssima) medida de coação que lhe
fora fixada! Para além do profundo – e, já agora, também ilegal e inconstitucional
– primarismo e reaccionarismo ideológico que semelhante decisão espelha, será
que ela surgiu por acaso ou constitui um mero e pontual incidente de uma
Justiça que até está a funcionar em geral bem? Não, de todo! (…)» António
Garcia Pereira, Justiça e Mário Machado: uma aliança
(im)provável – Notícias Online.
«Antigamente fabricavam-se armas para fazer guerras. Hoje,
as guerras são muitas vezes fabricadas para vender armas.» Alan MacLeod.
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