A procura por offsets – créditos de carbono usados para
compensar emissões de gases de efeito estufa – disparou no ano passado em
função de um número crescente de empresas querendo limpar a sua imagem.
Embora existam certificadoras emitindo estes créditos, há
um clamor por uma regulamentação global que possa separar o trigo dos créditos
críveis, do joio das infinitas formas de falsear reduções de emissão e de
remoções de CO2 da atmosfera.
No início, os mercados de carbono tiveram um papel
interessante ao promover fontes limpas de eletricidade. Atualmente, estas têm
preços suficientemente competitivos para prescindirem dos créditos, e as
principais certificadoras já não aceitam mais este tipo de projetos. Agora a
moda passa por soluções baseadas na
natureza – seja ao evitar a destruição de florestas, seja para recuperá-las.
Alguns consideram que regras muito restritivas fariam o
preço do carbono disparar e afastar boa parte do mercado. Outros defendem que regras
muito frouxas facilitariam a entrada de projetos de qualidade duvidosa em suficiente
quantidade para o preço do carbono cair e torná-lo uma ferramenta inútil para enfrentar
a crise climática.
Neste momento, os preços continuam a aumentar: o preço da tonelada de carbono de projetos florestais e ecossistêmicos triplicou no ano passado. Se até há pouco tempo, o preço era definido pelos compradores, o jogo agora está na mão dos vendedores.
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