quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Couto de Esteves: Junta oferece melhores preços por terrenos afetados pelo Aproveitamento Hidroelétrico de Lourizela

«A Junta de Freguesia de Couto de Esteves torna público que está interessada em comprar terrenos, com proximidade ao rio Lordelo entre o Vale da Barreira e o Chão do Rio, com o objetivo de valorizar atividades recreativas (pesca, canyoning, escalada e caminhada) e construir infra estruturas, há vários anos projetadas pelo município de Sever do Vouga, (acesso à cascata da Agualva, miradouros, alargar a rede de trilhos pedestres e outros acessos ao rio).

A Junta de Freguesia procurará e negociará com representantes dos proprietários afetados pelo Aproveitamento Hidroelétrico de Lourizela e oferecerá quantias superiores aos valores da tabela oferecidos pela empresa que quer construir a mini-hídrica.

Pretende-se também com esta ação, criar uniformidade e dar dignidade aos lamentáveis valores que estão a ser praticados, por metro quadrado e DEVOLVER O RIO AO POVO.

Depois de, há precisamente 10 anos, termos manifestado o desinteresse deste projeto para a região e de termos mostrado na CCDR Centro que o mesmo não era viável, o próprio concessionário percebeu o mesmo. Tentou-se transformar o projeto hidroelétrico num projeto fotovoltaico noutra zona do país, mas o estado não aceitou, pois isso colocaria em causa a transparência do concurso público. Em maio de 2021 reformularam o projeto e daí até agora, andaram no terreno a fazer levantamentos. Neste momento estão a negociar "caso a caso" com os proprietários dos terrenos...»

Recorde-se que a Câmara de Sever do Vouga emitiu um parecer desfavorável à construção da mini-hídrica de Lourizela. A fraca produção de energia prevista, os impactos negativos no Turismo e o facto da mini-hídrica colocar em causa regadios e captações de água, trazendo assim prejuízo às populações foram alguns dos argumentos avançados. Nessa altura, cerca de 700 pessoas subscreviam a petição para o cancelamento do projeto. Também a Quercus se manifestou contra, pedindo que o projeto fosse revisto, para que a produção elétrica não fosse feita uma vez mais à custa da alienação do património natural.

Sem comentários: