Pedras Boroas, Serra da Freita.
- Os media norte-americanos deviam apresentar aos americanos uma imagem completa da Ucrânia/Rússia para que os americanos pudessem avaliar quanto e que tipo de apoio, se houver, querem que o seu governo continue a dar à Ucrânia. Uma visão abrangente incluiria um relato da orientação política do Estado ucraniano. Lev Golinkin, na revista The Nation de6mai2021, referiu uma das tendências dignas de nota do governo ucraniano: Pouco depois da sublevação de Maidan de 2013 a 2014 que trouxe um novo governo, a Ucrânia começou a branquear os colaboradores nazis a nível estatal. Em 2015, Kyiv aprovou legislação declarando dois paramilitares da II Guerra Mundial - a Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) e o Exército Insurrecto Ucraniano (UPA) - heróis e combatentes da liberdade, e ameaçando com ações legais qualquer pessoa que negasse o seu estatuto. A OUN foi aliada dos nazis e participou no Holocausto; a UPA assassinou milhares de judeus e 70.000-100.000 polacos por sua própria iniciativa. Todos os anos, no 1º de Janeiro, Kyiv é palco de uma marcha luminosa na qual milhares honram o colaborador nazi Stepan Bandera, que chefiou uma facção da OUN; em 2017, ouviram-se cânticos de "Judeus, rua!" durante a marcha. GREGORY SHUPAK, Fair.
- O novo relatório da Oxfam mostra níveis grotescos de desigualdade criados diariamente nos últimos dois anos, nos quais 21.000 pessoas morreram diariamente, enquanto os indivíduos mais ricos geravam 1,2 mil milhões de dólares em novas riquezas durante esse mesmo período de tempo.
- Passei 20 anos a cobrir o regime de detenção secreta da América. A tortura foi sempre o subtexto. Margot Williams, The Intercept. A propósito: sabia que Guantánamo é também conhecido como o Gulac Americano?
- George Nader, conselheiro norte-americano do governo dos Emirados Árabes Unidos, condenado por ofensa sexual, e visitante frequente da Casa Branca durante o primeiro ano do mandato de Trump, declarou-se culpado por ajudar os Emirados Árabes Unidos a bombear milhões de dólares em contribuições ilegais para o sistema político dos EUA durante as eleições presidenciais de 2016, de acordo com documentos apresentados no tribunal federal no mês passado. Matthew Cole, The Intercept.
- Japão investe em sistema antimíssil inovador para responder às ameaças da China, da Coreia do Norte e da Rússia, titula o Público de 17jan2022. Quem foi que exterminou milhares de japoneses com as bombas de Hiroshima e Nagazaki, quem foi?
- «A notícia de que a casa real, para as celebrações do Jubileu de Platina deste Verão, está a lançar um concurso de "pudim de platina" trouxe de volta memórias, para muitos, da galinha da coroação criada para a entronização da Rainha Isabel em 1953. Mas a analogia mais relevante é certamente a dos anos 20, quando o Empire Marketing Board criou a noção do "pudim do império", surgindo com a ideia de criar uma sobremesa de Natal para a família real onde "cada ingrediente era proveniente de uma das colónias britânicas". Havia groselhas da Austrália, canela da Índia, cravinho de Zanzibar. E para fazer eco da experiência, talvez o pudim de platina deste ano pudesse ser feito com ingredientes famosos das nações com as quais assinámos acordos comerciais desde Brexit. Poderia haver, por exemplo, presunto da Albânia, milho da Moldávia, beterraba sacarina da Turquia... e uma enorme dor de estômago depois.» SATHNAM SANGHERA, The Times.
- «Costa deu um primeiro lamiré sobre o que nos pode esperar. É que Guterres (de quem Costa foi ministro em várias pastas) governou, essencialmente, à Direita. Ou será que não nos recordámos que, entre 1996 e 1999, os orçamentos passaram com a abstenção do PSD, liderado pelo professor Marcelo? E que foi o tempo do vergonhoso acordo PS/PSD para referendar a despenalização do aborto e da regionalização (pedidos de Marcelo que Guterres, aliviado, aceitou, dado que não queria o país dividido em regiões administrativas)? Ou que se procedeu à privatização de 60 empresas públicas? Ou que, mais tarde, passou a negociar o Orçamento com o chamado deputado do queijo limiano (que era do CDS)?» Rui Sá, O Bloco Central disfarçado – JN 17jan2022.
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