terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Bico calado

  • «O mundo está cada vez mais concebido para nos deprimir. A felicidade não é muito boa para a economia. Se fôssemos felizes com o que tínhamos, porque precisaríamos de mais? Como se vende um hidratante anti-envelhecimento? Fazendo alguém preocupar-se com o envelhecimento. Como conseguir que votemos num partido político? Fazendo preocuparmo-nos com a imigração. Como é que nos convencem a comprar um seguro? Fazendo preocuparmo-nos com tudo. Como é que nos leva a fazer uma cirurgia plástica? Destacando as nossa falhas físicas. Como é que nos leva a ver um programa de televisão? Fazendo preocuparmo-nos com a sua falta. Como é que nos leva a comprar um novo smartphone? Fazendo sentir-nos que estamos a ficar para trás. Ficarmos calmos torna-se uma espécie de ato revolucionário. Sermos feliz com a nossa própria existência não melhorada, sentirmo-nos confortáveis com a nossa desarrumação humana não seria bom para os negócios.» Matt Haig, Reasons to Stay Alive.
  • O governo britânico gastou pelo menos 350 milhões de libras no apoio a forças da oposição e a 13 projetos em áreas controladas pelos rebeldes na Síria, através do Conflict Stability and Security Fund desde a sua criação em 2015. Mark Curtis, Declassified UK.
  • O coisinho indigna-se com o RSI, que representa em média €119,45 por beneficiário, mas cala-se sobre o abuso fiscal de multinacionais e offshores, que tira a Portugal 880 milhões por ano.

Sem comentários: