Bico calado
- «(…) Não se sabe bem a que propósito, Durão Barroso
passou por cá e botou faladura. Parece que agora lhe arranjaram uma caroca na
multinacional vacineira. E que veio dizer? Que nós somos autocomplacentes, que
nós pensamos que vacinamos muito e bem, mas não é isso que acontece, que nós
estamos, nesse domínio, atrás de quase todos os países da Europa. (…) Durão
Barroso percorreu um longo caminho desde os tempos em que fazia a revolução
roubando as mobílias da reitoria da Universidade de Lisboa – e chamando aos
outros “vende-pátrias” -, passando pelo papel de fantoche internacional como
títere dos interesses dos seus donos na presidência da Comissão Europeia,
trambiqueiro bancário ao serviço da Goldman Sachs e lobista de lóbis vários.
Vai tratando da vida. Mas, por favor, não diga “nós” quando está a falar de
Portugal em Portugal. Essa primeira pessoa do plural implica uma noção de
pertença, de comunidade. Quando dizemos “nós, portugueses” não o dizemos de
ânimo leve, sem a noção das responsabilidades que essa pertença acarreta. Esse
“nós”, Durão Barroso não o merece. Há muito que o vendeu a outros interesses.
Ofende-nos quando o pronuncia, apátrida que é.» José Gabriel. Esqueceu-se de referir que o mesmo serviu bicas na
famigerada cimeira dos caixões nas Lajes, Terceira-Açores.
- «(…) Este Natal pode muito bem ser o último que o
fundador do Wikileaks, Julian Assange, irá passar fora da custódia dos EUA. A
10 de Dezembro, o Supremo Tribunal Britânico decidiu a favor da extradição de
Assange para os Estados Unidos, onde será processado ao abrigo da Lei de
Espionagem por publicar informações verdadeiras. É claro para mim que as
acusações contra Assange são simultaneamente infundadas e perigosas, em medida
desigual - infundadas no caso pessoal de Assange, e perigosas para todos. Ao
procurar processar Assange, o governo dos EUA pretende estender a sua soberania
ao palco global e responsabilizar editores estrangeiros pelas leis de sigilo
dos EUA. Ao fazê-lo, o governo dos EUA estará a estabelecer um precedente para
processar todas as organizações noticiosas em todo o lado - todos os
jornalistas em todos os países - que confiam em documentos classificados para
relatar, por exemplo, crimes de guerra dos EUA, ou o programa de drones dos EUA,
ou qualquer outra atividade governamental ou militar ou de informações que o
Departamento de Estado, ou a CIA, ou a NSA, prefeririam manter guardados no limbo
dos classificados, longe da visão pública, e mesmo da supervisão do Congresso.»
Edward
Snowden.
- Empresas “caixa de correio” ficam impedidas de receber
benefícios fiscais na UE. Bruxelas quer impedir que entidades fictícias sejam
usadas para planeamento fiscal agressivo, evasão e lavagem de dinheiro. Pedro
Crisóstomo, Público 24d3dez2021.
Sem comentários:
Enviar um comentário