sábado, 25 de dezembro de 2021

Bico calado

  • «(…) Não se sabe bem a que propósito, Durão Barroso passou por cá e botou faladura. Parece que agora lhe arranjaram uma caroca na multinacional vacineira. E que veio dizer? Que nós somos autocomplacentes, que nós pensamos que vacinamos muito e bem, mas não é isso que acontece, que nós estamos, nesse domínio, atrás de quase todos os países da Europa. (…) Durão Barroso percorreu um longo caminho desde os tempos em que fazia a revolução roubando as mobílias da reitoria da Universidade de Lisboa – e chamando aos outros “vende-pátrias” -, passando pelo papel de fantoche internacional como títere dos interesses dos seus donos na presidência da Comissão Europeia, trambiqueiro bancário ao serviço da Goldman Sachs e lobista de lóbis vários. Vai tratando da vida. Mas, por favor, não diga “nós” quando está a falar de Portugal em Portugal. Essa primeira pessoa do plural implica uma noção de pertença, de comunidade. Quando dizemos “nós, portugueses” não o dizemos de ânimo leve, sem a noção das responsabilidades que essa pertença acarreta. Esse “nós”, Durão Barroso não o merece. Há muito que o vendeu a outros interesses. Ofende-nos quando o pronuncia, apátrida que é.» José Gabriel. Esqueceu-se de referir que o mesmo serviu bicas na famigerada cimeira dos caixões nas Lajes, Terceira-Açores.
  • «(…) Este Natal pode muito bem ser o último que o fundador do Wikileaks, Julian Assange, irá passar fora da custódia dos EUA. A 10 de Dezembro, o Supremo Tribunal Britânico decidiu a favor da extradição de Assange para os Estados Unidos, onde será processado ao abrigo da Lei de Espionagem por publicar informações verdadeiras. É claro para mim que as acusações contra Assange são simultaneamente infundadas e perigosas, em medida desigual - infundadas no caso pessoal de Assange, e perigosas para todos. Ao procurar processar Assange, o governo dos EUA pretende estender a sua soberania ao palco global e responsabilizar editores estrangeiros pelas leis de sigilo dos EUA. Ao fazê-lo, o governo dos EUA estará a estabelecer um precedente para processar todas as organizações noticiosas em todo o lado - todos os jornalistas em todos os países - que confiam em documentos classificados para relatar, por exemplo, crimes de guerra dos EUA, ou o programa de drones dos EUA, ou qualquer outra atividade governamental ou militar ou de informações que o Departamento de Estado, ou a CIA, ou a NSA, prefeririam manter guardados no limbo dos classificados, longe da visão pública, e mesmo da supervisão do Congresso.» Edward Snowden.

  • Empresas “caixa de correio” ficam impedidas de receber benefícios fiscais na UE. Bruxelas quer impedir que entidades fictícias sejam usadas para planeamento fiscal agressivo, evasão e lavagem de dinheiro. Pedro Crisóstomo, Público 24d3dez2021.

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