quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Bico calado

  • «A minha convicção é de que foram os serviços de espionagem e de informações ocidentais, nomeadamente a CIA, através de uns indivíduos que apareceram aí disfarçados de Tupamaros e andaram ligados a esses sectores: RALIS, Polícia Militar e outros. Foram eles que estiveram por trás do assalto à embaixada de Espanha. Não me peça para comprovar isto que eu não tenho como, mas tenho a plena convicção de que assim foi. Estamos perante um episódio que, estudado pelos especialistas, poderia ensinar-lhes muito sobre a actuação dos esquerdistas. Aí agiram como ultra-revolucionários, manipulados ou não pela CIA, hoje pode ver-se onde muitos deles se encontram. À direita, no poder, alguns no Governo, outros na comunicação social. Veja-se o exemplo do Artur Albarran que, nesse dia relatou os acontecimentos aos microfones da Rádio Renascença, com ‘apelos’ insistentes ao assalto e ao saque da residência do embaixador.» Vasco Lourenço, do Interior da Revolução – Entrevista de Maria Manuela Cruzeiro. Âncora Editora 2009, pp 495-496.

  • Boris Johnson andou às aranhas durante um discurso na conferência da Confederação da Indústria Britânica, em South Shields. O primeiro-ministro, utilizando um guião de papel e não um teleponto, foi forçado a vasculhar as suas notas durante 20 segundos em frente dos líderes empresariais, antes de continuar a falar sobre a visita a um parque temático Peppa Pig que descreveu como "o meu tipo de lugar". Enquanto o Primeiro-Ministro fala sobre Peppa Pig, o SNS está a ser desmantelado. É bem possível que o seu comportamento tenha por objetivo distrair o pagode. Aliás, Peter K Geoghegan diz que este número da Peppa Pig não deve preocupar os britânicos. A vasta e profunda corrupção que grassa e suporta o Partido Conservador é muito grave e, por isso, deverá merecer muito mais preocupação. E desfia uma série de exemplos concretos neste video


As barreiras físicas ao longo das fronteiras da UE têm proliferado desde a crise dos refugiados de 2015-16. Ben van der Merwe. The NewStatesman.

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