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segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Bico calado
Há 100 anos, 20.000 mineiros armados na Virgínia
Ocidental marcharam sobre os patrões do carvão e foram recebidos com bombas e
metralhadoras. Arvind Dilawar e Charles B. Keeney. The Real News.
São Francisco vai pagar aos residentes 300 dólares por
mês para não matarem pessoas. As pessoas consideradas em risco de cometer
crimes violentos receberão vales se mantiverem as suas armas guardadas. Jamie Johnson,
The Telegraph.
«(…) Sem a reportagem, sem jornalismo de investigação,
resta o jornalismo de agenda, o mais conveniente na ótica dos poderes e das
suas estratégias para influenciar o quotidiano. É através dele que organizam a
liberdade da imprensa e, com isso, reduzem a liberdade de imprensa. Quanto mais
jornalismo de agenda mais o jornalista se arrisca a deixar de ser visto como um
contrapoder para passar a ser olhado como simples correia de transmissão desses
poderes. (…) O poder crescente das redes sociais tem retirado à imprensa o
monopólio do discurso mediático e, por via disso, tem-na privado de recursos
financeiros. Sem financiamento, sem poderem ir ao terreno, sem poderem
prosseguir grandes investigações, o papel dos jornalistas na sociedade torna-se
cada vez mais difícil. E quando para sobreviver os órgãos de comunicação social
são obrigados a inserir-se em grandes grupos económicos e com gente ligado ao
mundo dos negócios, as suspeitas em torno da isenção, independência, seriedade
dos jornalistas tendem a aumentar. (…) Mas não nos enganemos, a imprensa nem
sempre tem razão, erra e é injusta. O compromisso com a procura da verdade, com
a independência, a isenção e o rigor não impede o jornalista de errar. A guerra
no Iraque e a mentira então propalada de armas de destruição maciça pelo regime
de Saddam Hussein são um exemplo por demais gritante. (…)» Paulo Dentinho,
Um jornalista tem de ser incómodo para o poder– Setenta e Quatro.
O Príncipe Carlos realizou 95 reuniões com oito
monarquias repressivas no Médio Oriente desde os protestos da "Primavera
Árabe" de 2011, que ameaçaram o seu poder. As visitas de Carlos tendem a
branquear as violações dos direitos humanos das monarquias do Médio Oriente,
coincidindo frequentemente com a repressão de ativistas da oposição ou dos
media. Enquanto o palácio realça as suas visitas culturais, as reuniões de
Carlos são frequentemente com altos funcionários militares, da secreta e da
segurança interna. Carlos desempenhou um papel fundamental na promoção das
exportações de armas britânicas no valor de 14,5 mil milhões de libras
esterlinas para estes regimes na última década. Phil Miller e Mark Curtis,
Declassified UK.
Os deputados britânicos foram aconselhados a vestir-se formalmente
quando regressarem das férias de verão para o parlamento na próxima semana.BBC. Boris Johnson poderá continuar a mentir sempre que quiser
e puder. Não poderá é andar de jeans.
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