Sri Lanka: incêndio de porta-contentores provoca poluição desastrosa em longa faixa da orla costeira

• O Sri Lanka está a enfrentar a sua pior crise de poluição de praias à medida que toneladas de resíduos plásticos de um porta-contentores vítima de incêndio dão à costa. Milhares de militares e pessoal de segurança estão a limpar as praias de resíduos plásticos e outros detritos do navio. A frente marítima afetada é conhecida pelos seus caranguejos e camarões jumbo, assim como pelas suas praias turísticas. Os pescadores foram banidos de uma faixa de 80 km de costa. O impacto nos manguezais, lagoas e vida selvagem marinha da região está a ser avaliado. Os empregos de milhares de pescadores estão em risco, e, segundo as autoridades, uma possível fuga de petróleo só iria contribuir para a devastação. Grande parte da carga do navio, incluindo 25 toneladas de ácido nítrico, hidróxido de sódio, lubrificantes e outros produtos químicos, terá sido destruída no incêndio. As autoridades acreditam que o incêndio foi causado por uma fuga de ácido nítrico de que a tripulação tinha conhecimento desde 11 de Maio. O Sri Lanka exigiu aos proprietários o pagamento de 17 milhões de dólares pelos trabalhos de limpeza. CNA.

• A administração Biden está a ser alvo de críticas de ambientalistas após defender a aprovação de um mega projecto de perfuração de petróleo e gás no Alasca. O projecto Willow, está a ser supervisionado pela petrolífera ConocoPhillips e deverá extrair mais de 100.000 barris de petróleo por dia durante os próximos 30 anos. Oliver Milman, TheGuardian.

• Livre da soja, Pantanal está ameaçado por agrotóxicos que chegam pelos rios. Estudos mostram que águas que inundam o bioma todos os anos descem até a planície com resíduos de venenos da região que mais usa pesticidas no Brasil. Fernanda Wenzel, Pedro Papini e Naira Hofmeister, The Intercept.

• «A denominada “crise climática”, que muitos ingénuos pensaram e pensam que seria o factor que iria, finalmente, ditar o fim do capitalismo, é o recurso recente de um novo capitalismo triunfante. Como nos ensinou Schumpeter, no capitalismo a destruição desempenha um papel tão importante como a criação. O slogan de um ecologismo de boas vontades, mas quase inócuo, avisa que “não há planeta B” e que caminhamos para uma catástrofe que atinge a todos. Não é verdade: há um planeta B no interior deste mesmo planeta, onde se instalam, ao abrigo das calamidades (canículas, cheias, tufões, ciclones, etc.), a minoria que açambarca todos os meios e recursos.» António Guerreiro, Tão verde, o novo mundo - Público, 28mai2021.