Nova legislação assinada há dias por Brad Little, Governador do Idaho, permitirá aos caçadores amadores e profissionais utilizar helicópteros, motos de neve, veículos todo-o-terreno, equipamento de visão nocturna, armadilhas e outros meios para matar cerca de 90% dos lobos do estado. Um grupo de gestores da vida selvagem estadual, federal e tribal reformados escreveu a Little pedindo-lhe que vetasse esta lei, alegando que as perdas de gado em todo o estado para os lobos têm sido inferiores a 1% para o gado bovino e 3% para os ovinos. O grupo observou ainda que a população global de alces aumentou de facto desde que os lobos foram reintroduzidos em Idaho há mais de duas décadas.(…)
Em Novembro de 2020, a administração Trump ordenou ao Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA que retirasse o lobo cinzento da lista de espécies ameaçadas de extinção. Há apenas 108 lobos no estado de Washington, 158 no Oregon, e 15 na Califórnia, considerando-se 'funcionalmente extintos' no Nevada, Utah, e Colorado".(…)
Durante o último meio século, a vida selvagem em todo o
mundo caiu 68%. A raça humana, juntamente com o nosso gado, representa agora
mais de 95% de toda a biomassa mamífera na Terra. Tudo o resto - desde baleias
a lobos, leões, tigres e ursos - perfaz apenas 4,2%. E essa percentagem
continua a diminuir.
Sabendo isso, quem somos nós, como espécie? Somos nós, jardineiros globais que gerimos tudo - plantas e animais - como culturas numa base de rendimento sustentado, onde a vida selvagem é caça e os lobos são pragas? Ou será que também podemos ser bons guardiões, cuidadores que consideram os outros para além de nós como capazes de amar, de celebrar as suas crias e de chorar os seus mortos? (…)»
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