A ministra dos Negócios Estrangeiros, Marise Payne, disse que a Austrália está "profundamente preocupada" com a prisão e condenação do líder da oposição russo Alexei Navalny, exigindo a sua libertação imediata. “A luta heróica de Navalny não é diferente daquela pela qual Gandhi, King, Mandela e Havel lutaram”, afirmou Michael McFaul, embaixador norte-americano na Rússia.
Perante esta gritante hipocrisia e manipulação das nossas memórias, convém relembrar que a Amnistia Internacional recusou aplicar o conceito de prisioneiro de consciência a dissidentes como Chelsea Manning e Julian Assange. Acontece que Navalny defendeu a violência. Num vídeo, ele descreveu o povo muçulmano do norte do Cáucaso como uma “praga de baratas”. Enquanto os insetos podiam ser eliminados com um chinelo, para as infestações humanas, “eu recomendo uma pistola”, disse ele, antes de sacar de uma arma a fingir. Figuras muito mais violentas do que Mandela ou Navalny também foram considerados "prisioneiros de consciência" pela Amnistia, como Leopoldo Lopez, líder de um golpe na Venezuela, apoiado pelos EUA em 2002, e de uma campanha de violência insurrecional em 2014 que incluiu bombardeamentos a escolas e universidades, envenenamento de abastecimento de água e tiros a jornalistas, provocando 43 mortos e prejuízos calculados em US $ 15 mil milhões.
Fontes: The Sidney Morning Herald, The Washington Post, The Canary, RT, Amnesty International, Venezuelanalysis, Minnesota University Press Scholarship e Mint Press News
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