quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Bico calado

Arte urbana contra a detenção do rapper Pablo Hasél.

  • «Uma memória coletiva mais feita de mitos e lacunas do que atenção à história acaba por deixar o espaço vazio para lutas pela imposição de uma identidade — a minha narrative contra a tua, a tua versão do passado contra a minha, cada uma excluindo a outra — no meio de uma necessidade muitíssimo compreensível nos tempos que vivemos de nos podermos situar num ponto do arco histórico. Lá está: sem memória não é possível fazer sentido de onde estamos, nem de onde vimos, nem de para onde vamos. Mas há algo de paradoxal que falta para o nosso debate sobre o passado ser construtivo: futuro. Um país que não tenha confiança no seu futuro acaba a discutir entre várias versões do passado. (…) nós progressistas acabamos por os ajudar bastante ao insistir num discurso pesaroso e pessimista sobre o futuro. Se o futuro é assim tão mau — se não há mundo que chegue nem dinheiro que chegue para todos — é uma admiração assim tão grande que as pessoas queiram voltar ao passado?» Rui Tavares, Sociedade onde não há futuro todos ralham sobre o passado – Público 22fev2021.
  • A Coca-Cola está a ser fortemente criticada por conservadores após um colaborador da empresa ter divulgado imagens de materiais de formação incentivando as equipas de trabalho a serem menos brancas. Newsweek.
  • A Europa e os EUA estão a proteger a indústria farmacêutica em vez das suas populações. A legislação e os contratos com fabricantes de vacinas garantem que a campanha de vacinação não vai alcançar metade da humanidade. Isso tem que ser alterado, defende Harald Schumann na InvestigateEurope.

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