O Departamento de Estado dos EUA avisou empresas europeias que suspeita estarem a ajudar a construir o gasoduto Nord Stream 2 da Rússia que enfrentam o risco de sanções. O Zurich Insurance Group pode ser uma delas.
O gasoduto de US $ 11 mil milhões, um dos projetos mais
importantes da Rússia na Europa, tem gerado tensões entre Washington e
Moscovo..
A administração Trump opõe-se ao Nord Stream 2 porque
privaria a Ucrânia de lucrativas taxas de trânsito e aumentaria a influência
económica e política da Rússia na Europa. Os EUA estão também interessados em
exportar para a Europa gás natural liquefeito, um combustível que concorre com
o gás canalizado da Rússia.
O Kremlin afirma que o Nord Stream 2, liderado pela
empresa estatal de energia Gazprom, é um projeto comercial. A Alemanha também
diz que o gasoduto é apenas commercial, que precisa de gás, pois vai encerrar
as centrais a carvão e as nuclear por questões ambientais e de segurança.
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, opôs-se ao
projeto quando era vice-presidente de Barack Obama, desconhecendo-se as suas
intenções futuras. A Gazprom suspendeu a construção do Nord Stream 2 por um ano
após as sanções dos EUA em dezembro de 2019. Mas o projeto foi retomado,
faltando apenas um troço de 100 km em águas profundas ao largo da Dinamarca.
Metade do financiamento do Nord Stream 2 é fornecido pela Uniper da Alemanha, pela Wintershall da BASF, pela Shell, pela OMV da Áustria e Engie da França. EurActive/Reuters.
1 comentário:
«Com amigos destes a UE não precisa de inimigos
O novo presidente Joe Biden vai manter as sanções económicas, decretadas por Trump, contra empresas da União Europeia que estão a trabalhar no gasoduto Nord Stream 2 entre a Rússia e a UE.
Nos EUA os Democratas e os Republicanos estão de acordo: os Europeus devem comprar o gás liquefeito que vem em navios da América e não o gás russo 20% mais barato. Business as usual. Mas a justificação oficial é impedir uma excessiva dependência energética da Rússia.
A diferença entre Biden e Trump será sobretudo perceptível no tratamento mediático: com Joe Biden as manobras de intimidação dos 'diplomatas' e as ameaças de Washington desenrolar-se-ão nos bastidores não chegarão às primeiras páginas dos jornais e aos telejornais.»
Miguel Szymanski
https://www.facebook.com/miguelszymanski/posts/10225538678282656
Enviar um comentário