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sábado, 30 de janeiro de 2021
Bico calado
Portugal cai para a pontuação mais baixa de sempre na
tabela de combate à corrupção. É este o título catastrofista do Público,
afinando pelo diapasão dos comentadores de outros media acerca da Covid-19. A
chatice é que, mesmo os países considerados puros, limpos de corrupção, como a
Suíça, a Suécia, Singapura, Finlândia, Dinamarca e Nova Zelândia, também têm os seus podres. Mas isso os nossos media não dizem. Nós é que somos os
corruptos. E, enquanto passam este filme, ameaça-se e prende-se gente que
denunciou crimes de corrupção como Rui Pinto.
«(…) Fica melhor quem está dentro das ambulâncias, que
têm suporte de oxigénio e macas ou cadeiras. Esta condição de espera, este
ponto de entrada, seria possível melhorar fisicamente? Talvez. Mas os doentes
chegam e não podem ser mandados para trás. Seria possível desviar um meteorito
que caísse em cima das nossas cabeças? Só para os encartados e teóricos
comentadores, que, eles, preveriam tudo.(…)» Isabel do Carmo, Notícias do túnel, Público.
A Comissão Europeia pediu às autoridades belgas que
inspecionassem uma fábrica na Bélgica que produz a vacina contra o coronavírus
AstraZeneca, onde se verificou uma quebra de 60% na sua produção e consequente
escassez no fornecimento. Reuters.
«Bruxelas, que fechou um contrato com a AstraZeneca para
a compra de 400 milhões de doses da vacina, e avançou um pré-financiamento de
mais de 300 milhões de euros para a farmacêutica desenvolver a sua capacidade
de produção, não percebe por que razão a empresa diz que não consegue entregar
as quantidades previstas nesse acordo — quando parece não ter dificuldade em
garantir o abastecimento de outros mercados, que pagaram mais caro do que a UE
pelas mesmas vacinas.» Rita Siza, Público 29jan2021.
Os governos investiram milhares de milhões de dólares
para ajudar as empresas farmacêuticas a desenvolver vacinas e, em seguida,
comprar doses dessas vacinas. Mas os pormenores desses negócios permanecem em
segredo, com governos e organizações de saúde pública concordando com as
exigências das empresas farmacêuticas para se manter o sigilo. Matt Apuzzo e Selam Gebrekidan, TheNYTimes.
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