- «(…)(1) Ventura (…) pregou a exclusividade da função de deputado para só ao fim de mais de 7 meses, e após inúmeras denúncias, ter finalmente largado os lugares e os vencimentos de comentador da CMTV e de consultor da Finpartner. (…) (2) Ventura apresentou-se como um campeão da luta contra a corrupção, até por ter sido inspector da Autoridade Tributária e Aduaneira, mas, afinal, não só no exercício dessas funções foi autor de um parecer que permitiu isentar uma empresa de Paulo Lalanda de Castro do pagamento de 1,8 milhões de euros de IVA, como logo depois, não deixando em definitivo a função pública (pois terá saído com uma licença sem vencimento de longa duração), foi colocar os conhecimentos que tinha adquirido naquele serviço do Estado agora ao serviço do apoio da consultora privada da “Finpartner – Consultoria, Contabilidade e Fiscalidade, SA” a grandes empresas nas actividades ditas de “planeamento fiscal”, ou seja, de eximição ao pagamento de imposto através de mecanismos e subterfúgios legais. (3) Faltou ostensivamente no parlamento – sem dar logo qualquer justificação para tão significativa ausência – à votação de diplomas legais referentes ao combate ao branqueamento de capitais. (4) Quando se tratou de votar no mesmo Parlamento uma proposta (do BE) de alteração ao Orçamento de Estado de 2021, anulando a transferência de mais 476 milhões de euros do Fundo de Resolução para o “buraco negro” do Novo Banco, o “coerente” André Ventura, no mesmo dia, absteve-se, votou contra e depois votou a favor da mesmíssima proposta! (…) (5) Ventura já fez uma ou outra declaração, sempre de modo meramente formal, de condenação de violência doméstica, mas, no Parlamento, absteve-se na votação de uma proposta (do PCP) de lei visando um reforço da medidas de protecção das vítimas de violência doméstica, para depois, e sem apresentar qualquer alteração ou nova proposta, invocar que se abstivera por a dita proposta ser “altamente insuficiente”(…) (6) Ventura e o Chega sustentam que o Estado não deve ser prestador de quaisquer bens ou serviços, quer na área da Saúde (ou seja, a extinção do Serviço Nacional de Saúde e a assunção, pelo Estado, do papel de mero regulador desse mercado), quer na da Educação (defendendo mesmo a extinção do Ministério da Educação e a entrega das escolas públicas a empresas privadas de educação). (7) Ventura e o seu Chega defendem (…) a redução para 100 do número de deputados no parlamento. O que, com o método de Hondt, significará, acima de tudo, a dificultação da possibilidade de eleição de deputados por partidos mais pequenos e a consequente eternização no poder dos partidos políticos que têm sido maioritários, muito em particular do chamado “Bloco Central” (PS/PSD) que Ventura tanto diz combater. (…) (8) (…) Para Ventura, a integração na União Europeia e no Euro é boa, mas a pertença à ONU, à OMS ou OIT é que é má. (9) Ventura passa a vida a proclamar que quer ser “Presidente apenas dos portugueses que trabalham, que se integram e que pagam impostos”, e não da outra metade (dos subsídio-dependentes, à cabeça dos quais aponta os ciganos e os imigrantes) que viveriam à custa dos primeiros, recebendo o Rendimento Social de Inserção (RSI) e passeando pelas ruas e pelos cafés sem nada fazer. (…) Isto, enquanto (…) só o buraco deixado no BES pelas empresas (o grupo Promovalor) de um dos seus amigos dilectos, Luis Filipe Vieira, ascende a 225 milhões de euros. E tudo aquilo que escapou, entre 2011 e 2014 (sem controle da mesma Autoridade Tributária em que Ventura trabalhou), para as offshores (devido ao até hoje não esclarecido “apagão informático”), ascende a mais de 10 mil milhões de euros (98% dos quais referentes ao BES). E só o buraco do Novo Banco ultrapassa já os 7.876 milhões de euros pagos pelos mesmos contribuintes portugueses que Ventura diz querer proteger contra a máquina fiscal em que ele trabalhou. (…) (11) A “conversa” de que os imigrantes viriam para Portugal para viverem à “nossa custa”, e designadamente da Segurança Social Portuguesa, é outra das completas mentiras de Ventura. (…) o último Relatório Estatístico Anual do Observatório das Migrações mostra que a relação entre as contribuições dos estrangeiros para a Segurança Social e os gastos desta em prestações sociais de que aqueles beneficiam é bastante positiva e favorável às primeiras. Para além de que, de uma forma geral, os imigrantes que aqui vivem e trabalham tiveram sempre rácios de prestações sociais, pagas por contribuições por eles entregues, inferiores claramente aos dos cidadãos nacionais. Em 2019, esse saldo positivo (das contribuições relativamente às prestações sociais) dos imigrantes foi, “apenas”, de 884 milhões. Haveria e haverá, ainda muitas mais falsidades e incoerências a denunciar, mas só estas já revelam a pele de cordeiro e a alma de lobo.» António Garcia Pereira, Ventura a nu - Notícias Online.
- Quando os social-democratas mandaram matar Rosa Luxemburgo. Rosa Luxemburgo era considerada por apoiantes e adversários como "uma das melhores cabeças do socialismo internacional". Foi assassinada a 15 de janeiro de 1919, a mando dos seus antigos camaradas social-democratas. António Louçã, Esquerda.
- O parlamento grego ratificou um contrato grego-francês para adquirir 18 caças Rafale com amplo apoio da maioria e da oposição, incluindo da centro-direita Nova Democracia, do SYRIZA, do Movimento de Mudança socialista e da Solução Helénica nacionalista. Apenas o Partido Comunista Grego e o DiEM25 votaram contra a ratificação. Alexandros Fotiadis e Theodore Karaoulanis, EuroActiv.
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