«Normalmente os aproveitamentos hidroelétricos só trazem
impactos negativos para as comunidades locais. Aqui, o turismo de sossego (já instalado
pelos locais há mais de 20 anos) deu lugar ao turismo do betão e da ''selfie'',
as margens verdejantes deram lugar à mancha acastanhada (com mais de 10m) que
faz proliferar mosquitos e melgas, as enseadas do sonho de muitos deram lugar
ao estacionamento do lixo que por ali flutua, a perda de território empurrou os
javalis para perto das aldeias (onde destroem a pouca agricultura nos
quintais), as espécies autóctones (lontra, barbo, boga, amieiro, salgueiro)
deram lugar às pragas e às infestantes.
E os arautos da obra continuam a assobiar para o lado! Triste sociedade esta tão deprimida...»
Sérgio Soares, presidente da Junta de freguesia de Couto de Esteves, Sever do Vouga, a propósito da barragem de Ribeiradio.
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