terça-feira, 24 de novembro de 2020

Reflexão: híbridos da BMW, da Volvo e da Mitsubishi são um desastre ambiental - e os das outras marcas?

Os automóveis híbridos plug-in, considerados amigos do ambiente à luz da legislação, são um desastre ambiental, conclui um estudo daFederação Europeia de Transportes e Ambiente.
Os três híbridos mais vendidos em 2019 naEuropa, - BMW X5, Volvo XC60 e Mitsubishi Outlander - mesmo em condições de teste ótimas, em que os veículos são utilizados da forma mais moderada possível e com as baterias completamente carregadas, as suas emissões são 28-89% superiores às contabilizadas nos testes. Se forem utilizados em modo convencional, ou seja, usando exclusivamente o motor a combustão, estes carros emitem três a oito vezes mais CO2 que aquilo que os testes indicam. Se adicionalmente o motor a combustão for utilizado para carregar as baterias – algo frequente antes de os condutores entrarem em zonas urbanas de emissões reduzidas – as emissões, de CO2  vão até 12 vezes acima das anunciadas oficialmente. A sua autonomia em modo 100% elétrico com a bateria completamente carregada no início da viagem é até 75% inferior ao publicitado, sendo o recurso ao motor a combustão uma constante.
A ZERO calcula que em Portugal este tipo de veículos estão a ser indevidamente apoiados com subsídios que deverão ascender em 2020 a mais de 43 milhões de euros, um valor que está a ser desbaratado no apoio a uma tecnologia poluente. Recomenda, por isso, que devem deixar de ser atribuídos super-créditos às vendas deste veículos e que os testes de homologação devem passar a contemplar as condições reais em que estes carros são usados, prevendo nomeadamente fatores de utilização em modo elétrico realísticos. Recomenda-se ainda a aplicação das seguintes condições para estes automóveis acederem a subsídios: (1) uma autonomia em modo elétrico mínima de 60 km; e (2) acesso comprovado a pontos de carregamento, ou em casa ou no trabalho. Cumulativamente, o apoio a estes carros deve diminuir: atualmente beneficiam de um desconto de 75% no ISV, que deverá baixar para os 25%; as empresas só deverão poder rebater metade do IVA, ao invés da totalidade.

Sem comentários: