Os automóveis híbridos plug-in, considerados amigos do
ambiente à luz da legislação, são um desastre ambiental, conclui um estudo daFederação Europeia de Transportes e Ambiente.
Os três híbridos mais vendidos em 2019 naEuropa, - BMW
X5, Volvo XC60 e Mitsubishi Outlander - mesmo em condições de teste ótimas, em
que os veículos são utilizados da forma mais moderada possível e com as
baterias completamente carregadas, as suas emissões são 28-89% superiores às
contabilizadas nos testes. Se forem utilizados em modo convencional, ou seja,
usando exclusivamente o motor a combustão, estes carros emitem três a oito
vezes mais CO2 que aquilo que os testes indicam. Se adicionalmente o motor
a combustão for utilizado para carregar as baterias – algo frequente antes de
os condutores entrarem em zonas urbanas de emissões reduzidas – as emissões, de
CO2 vão até 12 vezes acima das anunciadas oficialmente. A sua autonomia
em modo 100% elétrico com a bateria completamente carregada no início da viagem
é até 75% inferior ao publicitado, sendo o recurso ao motor a combustão uma
constante.
A ZERO calcula que em Portugal este tipo de veículos estão a ser
indevidamente apoiados com subsídios que deverão ascender em 2020 a mais de 43
milhões de euros, um valor que está a ser desbaratado no apoio a uma tecnologia
poluente. Recomenda, por isso, que devem deixar de ser atribuídos
super-créditos às vendas deste veículos e que os testes de homologação devem
passar a contemplar as condições reais em que estes carros são usados, prevendo
nomeadamente fatores de utilização em modo elétrico realísticos. Recomenda-se ainda a aplicação das seguintes
condições para estes automóveis acederem a subsídios: (1) uma autonomia em modo
elétrico mínima de 60 km; e (2) acesso comprovado a pontos de carregamento,
ou em casa ou no trabalho. Cumulativamente, o apoio a estes carros deve
diminuir: atualmente beneficiam de um desconto de 75% no ISV, que deverá baixar
para os 25%; as empresas só deverão poder rebater metade do IVA, ao invés da
totalidade.
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terça-feira, 24 de novembro de 2020
Reflexão: híbridos da BMW, da Volvo e da Mitsubishi são um desastre ambiental - e os das outras marcas?
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