quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Bico calado

  • «É muito interessante comparar as reações mediáticas e partidárias a toda a preparação da Festa da Avante e a forma complacente e justificativa como foi tratado o que aconteceu em Fátima no dia 13 de setembro. Durante meses fomos massacrados com o que iria acontecer na Quinta da Atalaia. A exceção, o tratamento de favor, o crime. Até tivemos direito a cartazes insultuosos da JSD. (…) No entanto, todos os títulos dos jornais tiveram um sentido quase inverso ao que foi dito sobre a Festa do Avante: que o Santuário, cuidadoso, bloqueou o acesso mal se chegou a um terço da sua capacidade. Coisa nunca vista, extraordinária, admirável. A medida de emergência e improvisada teve um tratamento mais simpático do que todas as medidas preventivas do PCP, tratadas com desconfiança ou desdém.(…) Ninguém fez perguntas no Parlamento. Ninguém se incomodou. Os jornais que fizeram do PCP o bombo da festa não pediram esclarecimentos. Não houve petições, cartazes, marchas lentas de carro. O secretário de Estado da Saúde até sublinhou o “comportamento exemplar” da Igreja. Não, o comportamento não foi exemplar. Muito longe disso. Foi improvisado. Foi o oposto ao que vimos com o PCP. Não se trata de justificar um erro com outro, até porque o erro é incomensuravelmente mais evidente em Fátima do que na Atalaia. Mas fica claro que a motivação contra o PCP nada teve a ver com saúde pública. Se assim fosse, a indignação seria muitíssimo sonora neste momento. A motivação foi política. E sendo política, quer dizer que há quem use a pandemia para tentar limitar a liberdade política dos seus opositores. E isso é, por si só, um ataque à democracia.(…)» Daniel Oliveira, As reações a Fátima provam que o objetivo era calar o PCP – Expresso Diário 15set2020. 
  • Funcionários do Departamento de Estado norte-americano alertaram para o risco legal de ajudar ataques aéreos que matam civis. A administração Trump suprimiu recentemente provas de que vendeu mais armas para nações do Golfo. Michael LaForgia e Edward Wong, NYTimes. Que chatice! Primeiro vendem armas, depois massacram populações indefesas e agora andam com uma mão à frente e outra atrás com medo de eventuais retaliações. 
  • O primeiro ataque militar ordenado pelo presidente Donald Trump levou a um massacre de civis no Iémen, matando a cidadã americana Nawar al-Awlaki, o terceiro membro da sua família executado pelo seu próprio governo. Ben Norton, The Grayzone 31jan2017

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