Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quinta-feira, 12 de março de 2020
Bico calado
Com O Diabo veste Corona, o Tubo de Ensaio, da TSF, trata da saúde do João Miguel Tavares a propósito do seu textoO diabo chegou – e é um vírus.
Joshua Hanks descreve muito bem a diferença abissal entre a China e os EUA no combate ao Coronavírus.
«O fundador do BPN faleceu ontem e não se vê nos media um voto de pesar, o anúncio de uma única personalidade no velório ou a fotografia do condomínio da Coelha onde os seus amigos mais próximos eram vizinhos e, eventualmente, beneficiários. Não se viu a compunção dos que colaboraram na SLN/BPN, onde se sentaram, entre outros, ex-ministros e altos dirigentes do PSD, como Dias Loureiro, Daniel Sanches, Arlindo de Carvalho, Rui Machete, Duarte Lima e Joaquim Coimbra, ou beneficiaram dos investimentos na galáxia do ora defunto, como o próprio Cavaco Silva. Afastado do BPN em 2008, com uma indemnização de 800 mil euros, o ex-governante morreu com presunção de inocência, sem transitar em julgado a condenação de 2017, 14 anos de prisão por crimes de falsificação, fraude fiscal qualificada, burla qualificada e branqueamento de capitais. Oliveira e Costa era pródigo. Enquanto foi secretário de Estado dos Assuntos Fiscais concedeu vultuosos perdões fiscais a empresas da zona de Aveiro, onde liderava o núcleo do PSD, que, na altura, tinha como secretário-geral Manuel Dias Loureiro, com naturais comissões para o partido e outros bolsos, como foi explanada na investigação de “Aveiro connection”, que as autoridades batizaram “Águas turvas”. Só à Cerâmica Campos concedeu um perdão de 2,5 milhões de euros. Segundo o Público, de hoje, criou ao lado do BPN um banco virtual, em Cabo Verde e em praças offshores, para onde despachava os “buracos” da má gestão, e Dias Loureiro, que disse em julgamento ter confiado sempre em Oliveira e Costa, foi o pivô da compra de empresas em Porto Rico, ocultada às autoridades, que provocaram um prejuízo de 30 milhões de euros para o grupo. “A promiscuidade entre o banco e os interesses dos acionistas tornou o grupo SLN/BPN um polo de atracão de negócios obscuros e tentaculares”, diz o Público. Só assim se compreendem transações de ações, não cotadas em Bolsa, sem se saberem os critérios por que eram avaliadas. Enfim, a herança pesada fica para o País, mas os beneficiários podiam mostrar alguma gratidão no momento em que o ex-banqueiro é acompanhado apenas por familiares e os sacramentos que a Igreja não nega aos crentes.» Carlos Esperança, in A morte de Oliveira e Costa e a ingratidão - FB.
Militares australianos, altos oficiais da Defesa e da secreta e políticos deixam os seus empregos no serviço público e atravessam a porta giratória para assumir papéis em empresas relacionadas com a segurança e o fabrico de armas. Michelle Fahy, in Michael West Media.
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