Recortes de notícias ambientais e outras que tais, com alguma crítica e reflexão. Sem publicidade e sem patrocínios públicos ou privados. Desde janeiro de 2004.
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
Bico calado
«No dia 25 de Novembro de 1975 os “moderados” (Grupo dos Nove e afectos) lançaram uma acção militar que provocou a morte de três militares no ataque à PM na manhã de 26 - dois comandos e o aspirante Albertino Bagagem. (…) Desde o verão quente de 75 que os “moderados” perceberam não ter pedalada para a luta política aberta e democrática e decidiram enveredar pela conspiração e pelo bombismo, forma escolhida pelo Conselho da Revolução para destruir a antena emissora da Rádio Renascença controlada pelos trabalhadores. Seguiu-se o golpe militar apoiado por praticamente todas as unidades militares e, entusiasticamente, pela Força Aérea. Daí o “perigo” de guerra civil também não passar de uma estória do papão, apesar de armas distribuídas pelo PS e por alguns grupos guerrilheiristas ou fixados no cânone anti-fascista. A tropa estava já toda alinhada e as já muito poucas unidades ligadas ao movimento popular não jogavam esse jogo. (…) Os “moderados”, tendo sido incapazes de se impor durante o PREC, quer no areópago da representação quer na ágora do povo, sentem hoje uma pesada incomodidade: afinal, três mortos depois, mais o Padre Max e a Maria de Lurdes assassinados em pleno dia da promulgação da Constituição, esta emerge exactamente inspirada e marcada, na sua essência, pela mesmíssima Rua com que eles tentaram acabar a tiro. (…) Os factos estão aí, dispersos por milhares de notícias, por inúmeros relatos e declarações em que os próprios golpistas se dizem, entredizem e desdizem. O próprio responsável político que não aparece na alucinação eanista, o coronel Vasco Lourenço “não sabe quantos 25 de Novembro houve”. Eu, por mim, sei que só houve um! (…)» Mário Tomé, in Visão.
A BBC admite 'erro' na edição de risadas às intervenções de Boris Johnson em debate na TV, relata o The Guardian.
O rótulo do gin da Hendrick diz que a coisa foi fundada em 1886. Treta. De facto, o gin é produzido na destilaria escocesa de William Grant & Sons fundada há um século. Mas a Hendrick só existe a partir de 1999, resultado da colaboração entre uma empresa de uísque e Steven Grasse, um publicitário de Filadélfia. «As destilarias artesanais são como os caras de cu. Todos têm um, e o que sai deles sabe a merda», diz. Tudo isto se reduz ao «marketing de nostalgia», um termo comum na publicidade contemporânea, significando que uma marca que usa a sua história para excitar a imaginação dos consumidores. Segundo um estudo recente publicado no Journal of Consumer Research, sentir-se nostálgico «enfraquece o desejo de dinheiro de uma pessoa» ou, para ser mais direto, incentiva-a a comprar muitas coisas. Tom Vanderbilt, in The Economist.
Nicky Morgan, deputada conservadora, espremida pelos jornalistas, não consegue explicar como o future governo do BoJo vai dar emprego a mais 50 mil enfermeiras. O seu olhar esgazeado é mesmo aflitivo. A partir do minuto 4…
O chefe de gabinete do primeiro-ministro maltês e o ministro do turismo do país demitiram-se na sequência da escalada da turbulência política em torno da investigação do assassinato da jornalista anticorrupção Daphne Caruana Galizia em 2017. The Guardian.
O objetivo da candidatura do bilionário mediático Bloomberg é minar e destruir a candidatura de Bernie Sanders, precisamente na altura em que Sanders sube imenso nas sondagens. Truthdigg.
Os telemóveis enviam e recebem dados de dois em dois segundos, diz Simon Elvery, no ABC.
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