Suíça: Relator Especial da ONU sobre Tóxicos refere violações dos direitos humanos associados ao uso de pesticidas
- As dunas no campo de golfe Trump na Escócia vão perder o estatuto de conservação especial. A Scottish Natural Heritage, uma agência de conservação do governo, recomendou que as dunas perdessem a sua designação como local de interesse científico especial por terem sido parcialmente destruídas pelo campo. Até agora, apenas um campo de golfe foi construído, mas Trump pode conseguir licença das autoridades de Aberdeenshire para construir 500 casas nas proximidades, admite o The Guardian. Sarah Malone, a vice-presidente executiva da Trump Scotland pode muito bem fingir-se indignada, mas convenhamos que as autoridades escocesas fizeram um rico frete a Trump. Sem o estatuto de conservação, Trump terá muito menos obstáculos e condicionantes para executar o seu projeto imobiliário.
- O governo suíço é acusado pelas Nações Unidas de violações dos direitos humanos associados ao uso de pesticidas e ações de empresas de pesticidas. O Relator Especial da ONU sobre Tóxicos, Baskut Tuncak, afirmou publicamente que o comportamento das empresas de pesticidas é muito deficiente em relação aos direitos humanos (especialmente os das crianças), e que o governo suíço deveria agir de forma mais agressiva para eliminar o uso desses produtos químicos perigosos. A conscientização pública na Suíça também está a crescer mercê de desenvolvimentos globais, e das descobertas recentes de que pequenos riachos nas zonas agrícolas suíças estão muito poluídos com pesticidas. Aliás, já em 2017, um relatório da ONU concluíra que os direitos humanos estavam a ser afetados negativamente pelo uso de pesticidas: não só a agricultura industrializada não conseguia eliminar a fome no mundo como prejudicava a saúde e o bem-estar humano e ambiental. Via Beyond Pesticides.
- As Nações Unidas abrigaram famílias ciganas e outras minorias étnicas em campos tóxicos no Kosovo e depois não as compensaram, diz o relatório de um especialista em direitos humanos da ONU. Cerca de 600 pessoas foram colocadas em campos para deslocados internos entre 1999 e 2013 em terras contaminadas. Cerca de metade eram crianças com menos de 14 anos, disse o especialista da ONU, Baskut Tuncak. Desde a década de 1970, a área era conhecida por estar contaminada por chumbo. Acredita-se que o envenenamento por chumbo tenha contribuído para a morte de várias crianças e adultos. «As circunstâncias exigem uma indenização individual e um pedido público de desculpas pelas Nações Unidas», diz Baskut Tuncak . «Estou profundamente desiludido com a inércia em torno deste caso», acrescentou. Relatos de intoxicação entre os moradores do campo já estavam disponíveis em 1999, mas nada foi feito até 2006, segundo o especialista. EuroNews.
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