sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Bico calado

  • A Universidade Católica fatura mais de 65 milhões e não paga impostos. Esta universidade cobra propinas à semelhança das outras universidades particulares, mas é a única que tem uma isenção fiscal atribuída por decreto-lei assinado por três pessoas com ligações à universidade: Cavaco Silva, Roberto Carneiro e Miguel Beleza, entretanto falecido. TVI24.
  • «(…) as empresas privadas de saúde parecem estar a usar os seus utentes para chantagear o Estado, usando a situação de fragilidade dos pacientes como uma espécie de escudo humano, para pressionarem a ADSE no sentido de desistir do pedido de devolução dos 38 milhões de euros indevidamente cobrados. É imoral, é hediondo, é inaceitável, mas é precisamente isso que estas empresas privadas estão a fazer. (…) a variação entre preços mínimos e máximos fica entre 61% e 411%, com empresas privadas de saúde que chegam a cobrar 1635 euros por uma prótese com um preço mínimo estabelecido de 320 euros. (…)os valores são ainda mais escandalosos, com variações que chegam a atingir quase 3000% entre os preços mínimo e máximo. Coisas simples como comprimidos de Paracetamol, com um valor unitário mínimo de 12 cêntimos, chegam a ser facturados a 3,66 euros através da ADSE. (…)os 38 milhões de euros que o Estado exige de reembolso às empresas privadas de saúde correspondem ao acumulado que a ADSE e a Procuradoria-Geral da República identificaram em todos os produtos e serviços que os privados injustificadamente cobraram, entre 2015 e 2016  (…) A ADSE é um sub-sistema de saúde que há vários anos é superavitário, ou seja, cuja receita contributiva é superior à despesa que tem com os seus beneficiários. No entanto, o dinheiro da ADSE é dos seus contribuintes, e não uma renda garantida das empresas privadas de saúde. É por isso que a gestão da ADSE não pode abrir mão de 38 milhões de euros indevidamente cobrados, sob pena de estar a praticar uma gestão danosa do fundo. (…) O Estado encontrou um conjunto de empresas que estão a fazer uma espécie de roubo legal de fundos públicos, exigiu a rectificação da situação e a direita, em vez de dar os parabéns ao Governo por não deixar-se chantagear por privados, vem atacar as entidades públicas, defendendo as empresas privadas que usam fraudes e zonas cinzentas da lei para se apoderarem de dinheiros públicos. (…) Dizer que o Estado falhou numa situação em que o Estado tenta recuperar fundos de que privados indevidamente se apropriaram é quase como um carteirista roubar a carteira a uma pessoa e vir o CDS dizer que a culpa é da pessoa, que se deixou ser roubada. (…)» Uma Página Numa Rede Social.
  • «(…) quatro funcionários da Assembleia Legislativa dos Açores foram advertidos por escrito por terem inadvertidamente digitalizados “documentos confidenciais” e os terem enviado por via eletrónica a vários deputados. (…) os Açorianos tiveram a oportunidade de ficar a saber que o Governo dos Açores nos mentia sobre o concurso da privatização de 49% da Azores Airlines do Grupo SATA e nos andava a endrominar ao dizer que se estava a analisar uma proposta de uma empresa islandesa quando ele sabia que esta não tinha validade legal por não cumprir os requisitos do concurso. Igualmente se ficou a saber que a transportadora aérea regional estava em falência técnica (…) Em democracia são heróis aqueles funcionários que no passado denunciaram o poder político em ditadura, divulgando segredos que fragilizavam a prepotência dos governantes do regime totalitário. Só que esta mesma democracia por cá sente-se bem agora a advertir aqueles que em trabalho de funções públicas acidentalmente contribuíram para a transparência do sistema e desmascaram a mentira veiculada por Governantes que os permitia ser prepotentes sobre a Verdade. Não é por acaso que na novilíngua os trabalhadores em funções públicas tendem a ser chamados superiormente de colaboradores, palavra semelhante e igual raiz de colaboracionista, como se chamava a quem trabalhava com fidelidade ao poder político da ditadura. Será uma intenção velada de pretenderem agora fazer sentir os funcionários como os novos colaboracionistas nos desaforos dos políticos? Não sei quem são os quatro funcionários do Parlamento, mas fica aqui a minha solidariedade e o meu obrigado por terem inadvertidamente tornado público uma verdade de interesse público.» Carlos Faria, FB.

1 comentário:

OLima disse...

Sobre o escândalo da Católica...
https://www.facebook.com/mariana.mortagua.7/videos/10157069050788832