- John Bolton, conselheiro de Trump, não poderia ter sido mais franco e claro do que quando disse isto muito recentemente: «Estamos a considerar os ativos de petróleo. Esse é o fluxo de renda mais importante para o governo da Venezuela. Estamos a pensar o que vamos fazer com isso. Estamos a falar com grandes empresas americanas. Não queremos que elas sejam apanhadas desprevenidas. Acho que estamos a tentar chegar ao mesmo resultado final. Isso fará uma grande diferença para os Estados Unidos economicamente se pudermos ter petrolíferas americanas de facto a investir e a produzir petróleo na Venezuela.»
«Agora que destruímos o país, podemos resconstrui-lo, vocês pagam com petróleo». |
- O primeiro relator da ONU a visitar a Venezuela em 21 anos afirmou que as sanções dos EUA ao país eram ilegais e podiam ser consideradas crimes contra a humanidade. De Zayas elaborou um relatório que foi ignorado pelas NU e não provocou o debate público que merecia. Zayas diz que as sanções matam, que as principais vítimas são os mais pobres que ficam sem condições para comprar comida e remédios. Por isso, o Tribunal Internacional de Justiça deveria investigar essas sanções. «As sanções económicas e os bloqueios modernos são comparáveis aos cercos medievais das cidades. As sanções do século XXI tentam subjugar não apenas uma cidade, mas também países soberanos», afirma Zayas. As sanções foram impostas por Barack Obama em março de 2015 alegando que a Venezuela representava uma ameaça para a segurança nacional dos EUA. Trump intensificiou essas sanções e chegou a ameaçar invadir o país e ponderou um golpe. Zayas diz que o seu relatório foi ignorado pelas NU porque vai contra a narrativa popular de que a Venezuela precisa de mudar de regime. «Quando digo que a emigração é em parte provocada pela guerra económica travada contra a Venezuela e às sanções, as pessoas não gostam de ouvir isso. Só querem ouvir a narrativa de que o socialismo falhou e que prejudicou o povo venezuelano», diz Zayas. As sanções são parte de um esforço dos EUA para derrubar o governo venezuelano e instalar um regime mais favorável aos negócios, como foi feito no Chile em 1973 e noutros países, acrescenta. The Atlantic.
Sem comentários:
Enviar um comentário