sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Bico calado

Foto: Semra Genç
  • «No dia 14 de maio, escrevi aqui um artigo intitulado "Incompetência ou crime?" onde abordava o facto de, incompreensivelmente, ter ficado incompleto o processo de definição da chamada ZEP - Zona Especial de Proteção da Ponte da Arrábida, classificada em 2013 como monumento nacional. "Esquecimento" que fez com que apenas uma área de 50 metros para montante e jusante da ponte ficasse protegida (…) Isto mostra bem como a Câmara tudo tem feito, nos últimos anos, para salvaguardar o direito de construção daqueles terrenos (algo que, até à entrada de Rui Moreira sempre contestou!). Sendo ainda mais escandaloso que o faça quando é a própria Câmara que reclama em tribunal que esses terrenos são seus (e que foram indevidamente apropriados por terceiros com recurso à figura de usucapião). Será que a Câmara, se voltar à posse dos terrenos, quer lá construir? Ou está a dar mais um tiro nos pés para perder a ação pela posse desses mesmos terrenos?» Rui Sá, in Basta!JN 13ago2018.
  • «Estou desolada com o que aconteceu à octogenária Freda Jackson, de Blackburn, Lancashire. Poupou dinheiro da pensão e foi com uma amiga passar umas férias de pesadelo a Benidorm. Quer que a agência de viagens lhe devolva o dinheiro: havia demasiados espanhóis. (…) Tenho uma coisa para dizer a Freda. Não venha para o Algarve, que nós, portugueses, nestas coisas somos parecidos com os do lado de lá e temos a mania de passar férias por cá, e para aí metade da malta ruma ao mar quente e sossegado do sul. A não ser que escolha bem, muito bem, e vá decididamente para Albufeira, onde há 158 turistas por metro quadrado. Não sei como fazem estas contas, mas vem num estudo que encontrei na net que também diz que nessa terra abençoada há 39 forasteiros por cada albufeirense. Ali é que se está bem. Gente educada que fala inglês. (…)» Ana Sousa Dias, in Quatro mil buracos em Blackburn Lancashire. E Freda Jackson - DN 15ago2018.
  • «(…) o bombástico anúncio da “triplicação” de rendimentos denuncia uma ideia: a de que um político de esquerda deve empobrecer. Pelo contrário, à direita tudo se permite porque não sendo supostamente moralista o político de direita está livre do julgamento moral e nada tendo contra o capitalismo o seu enriquecimento legal é sempre legítimo.(…)» Daniel Oliveira, in Sobram Mujica e Che - Expresso Diário, 16ago2018 – via A estátua de sal.

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