Foto: Kay
Roxby/Alamy Live News.
- «A Câmara Municipal de Lisboa cedeu um terreno que serve de parque de estacionamento à maior estrela da pop. Madonna, a morar na Rua das Janelas Verdes, precisava de se um lugar para guardar os 15 carros que ela e a equipa usam. A primeira opção era estacionar no Parque do Museu Nacional de Arte Antiga, porém o diretor do espaço recusou o pedido da autarquia. A solução foi encontrada uns metros mais à frente, em território camarário.» Expresso 30jun2018.
- «Aprovámos [o parlamento] a eliminação do artigo 19º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. Em teoria, era suposto ser um incentivo à criação de emprego. Na prática, eram pelo menos 40 milhões de euros por ano entregues às grandes empresas (TAP,Pingo Doce, Banco de Portugal, Continente, EDP, BPI, etc), de eficácia mais que duvidosa em termos de emprego. Foi a própria Inspeção Geral de Finanças que o disse.» Mariana Mortágua, FB.
- «(…) Os jornais portugueses, uns mais do que outros, deixaram há muito de querer “interessar a todas as classes”, deixando de fora das suas páginas uma parte maioritária dos portugueses, cujos problemas no trabalho, na escola, na casa, na vida quotidiana, de segurança, de violência e crime, não chegam aos jornais em contraponto com uma qualquer performance “artística” que ocupa duas páginas ou com as encomendas das agências de comunicação, cuja origem é ocultada aos leitores. Falta cobertura independente e isenta dos negócios, das empresas, em particular das grandes empresas e dos centros de poder fáctico, como os grandes escritórios de advocacia de negócios. Não é por acaso que todos têm agências de comunicação. A arte e a cultura, tantas vezes medíocre, mas urbana e trendy, tem uma cobertura particularmente acrítica, mas com lugar nobre. (…) José PachecoPereira, in Mais um marco a caminho da ignorância atrevida e do deficit cívico - Público 30jun2018.
- «O jornalista autor do livro “Gomorra”, Roberto Saviano, vive há 12 anos protegido pela polícia por se dedicar a investigar a máfia napolitana. Graças à sua obra sobre a Camorra, a sua presença é frequentemente solicitada no estrangeiro para conferências. Por ter a cabeça a prémio, é sempre acompanhado por seguranças policiais. A proteção de Saviano não é um favor do Estado, é um dever do Estado. O escritor é perseguido por criminosos por denunciar criminosos. Está do lado da lei contra o crime e a sua liberdade (incluindo a de movimentos) não pode ser limitada por isso. Recentemente, numa entrevista ao canal Rai Tre, o ministro do Interior e líder da Liga italiana, Matteo Salvini, disse que seria útil avaliar se Saviano ainda precisa da proteção policial. Que os italianos tinham direito a saber como andava a ser gasto o seu dinheiro, já que o jornalista viajava bastante. O que está em causa não são, como é evidente, os custos para o Estado. O que está em causa é o facto de Saviano ser bastante crítico do novo governo e das suas políticas para a imigração e tê-lo expresso de forma bastante vocal. Salvini não gosta e, como é costume em líderes autoritários, começou a pensa como poderia calar o homem. Assumindo, como também é hábito, que é o Estado que está ao seu serviço e não ele que está ao serviço do Estado, acha que a “sua” polícia não deve proteger os seus opositores. E a ameaça de o deixar desprotegido foi o que lhe ocorreu. A resposta de Saviano foi esta: “Viver sob proteção policial é uma tragédia, e a Itália é o país ocidental com o maior número de jornalistas nestas condições, porque tem as mais poderosas e perigosas organizações criminosas do mundo. No entanto, e apesar disso, em vez de libertar os jornalistas sob a sua proteção dos riscos, Matteo Salvini, o ministro do Interior, ameaça-os. As palavras pesam, e as palavras do Ministro do Submundo (…) são palavras da máfia. As máfias estão a ameaçar. Salvini ameaça.” E é isto mesmo: o ministro do Interior de Itália, responsável pela segurança dos italianos, usa o medo da máfia para tentar calar os seus opositores. Salvini é, por isso, um criminoso. (…)» Daniel Oliveira, in O crime e a cobardia estão no DNA da extrema-direita - Expresso Diário, 27jun2018, via A estátua de sal.
- Boris Becker invocou a imunidade diplomática para tentar evitar pagar uma pipa de massa que deve a um banco. Ele alega ser, desde abril passado, adido cultural e desportivo da República Centro-Africana. Global Witness.
- A Europcar, gigante europeia de aluguer de carros, encerrou as filiais israelitas no território palestino ocupado, informou o American Friends Service Committee.
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