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- «Associar imigração, delinquência e terrorismo é uma falácia que o populismo nacionalista dos dois lados do Atlântico utiliza cinicamente para subir nas sondagens e ganhar eleições. Não interessa que a combinação seja simplesmente mentirosa, como fez Donald Trump, ao proclamar que a delinquência na Alemanha subiu com a entrada de refugiados no país, quando a verdade é substancialmente oposta: a criminalidade desceu cinco por cento (para o nível mais baixo desde 1992). Não interessa sequer que os crimes cometidos por imigrantes tenham descido 23%. Vale tudo quando o objectivo é a demonização dos imigrantes; quando o alvo é o outro. Não interessa que os principais actos terroristas nos EUA tenham sido praticados por cidadãos de países muçulmanos excluídos da lista de impedidos a entrar nos EUA. (…) Os globalizadores de ontem são os nacionalistas de hoje: sonham com muros bonitos e grandes por todo o lado, fronteiras bem fechadas, homogeneidade ética e aquilo a que chamam centros de acolhimento, bem longe das suas fronteiras. Os globalizadores de ontem fazem do antigo estratega da administração Trump, Steve Bannon, um ideólogo e acreditam que chegou o momento de lançar um movimento internacional nacionalista com o objectivo de “devolver o poder às pessoas numa revolta popular”. A quem? Só o dinheiro poderá continuar a circular por onde muito bem entender. O dinheiro pode ser clandestino; os humanos não. O paraíso na terra só pode ser um offshore.» Amilcar Correia, in O paraíso na terra só pode ser um offshore - Público.
- «(…) desde esse dia até agora mais de mil horas de noticiário nas televisões e rádios foram dedicadas aos acontecimentos ligados à direção do Sporting (os dados são de uma empresa que recolhe dados para media e empresas, a Cision, e davam 911 horas de Sporting/Bruno de Carvalho até 18 de junho; com a aproximação da Assembleia Geral do clube que destituiu o agora ex-presidente a contagem deve ter ultrapassado largamente as mil horas). Não só Portugal estava a falar de futebol quando o resto do mundo estava a falar de Israel e da Palestina, como Portugal estava a falar de Bruno de Carvalho muito mais do que de futebol propriamente dito. O Aves ganhou a Taça de Portugal e ninguém lhe ligou. O FC Porto ganhou o campeonato e teve direito a cerca de um terço do noticiário que teve o Sporting. Só a participação de Portugal no Campeonato do Mundo de Futebol deu finalmente alguma luta. Alguns poderão dizer que esta recente explosão de populismo futebolístico merecia não só destaque noticioso como até esta espécie de monocultura mediática em que vivemos. O problema é que não é o populismo futebolístico que justifica a cobertura mediática. É ao contrário: a incessante cobertura mediática é que gera também o populismo futebolístico. (…) Rui Tavares, in E quem nos devolve mais de mil horas de vida? - Público.
- É irónico ver o país que alberga a segunda maior lavandaria de dinheiro do mundo queixar-se de que muitos britânicos «otimizam» os seus impostos em offshores na concorrência!
- A esposa do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, Sara, foi acusada de obter fraudulentamente mais de 100 mil dólares para centenas de refeições fornecidas por restaurantes, contornando regulamentações que proíbem a prática se um cozinheiro estiver empregado em casa. Reuters.
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